O velejador australiano Jon Sanders chegou a um recorde histórico no dia 31 de janeiro deste ano. Aos 81 anos, ele se tornou a primeira pessoa da história a dar 11 voltas completas ao redor do mundo sozinho navegando um barco a vela. Ao mesmo tempo, quebrou outra marca ao ser o mais velho a completar uma navegação desse porte. A informação é do blog “Histórias do Mar”.


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– É simplesmente impressionante.Dar 11 voltas ao mundo navegando em solitário é algo realmente extraordinário. Mas fazer isso aos 81 anos de idade é quase inacreditável – disse o Comodoro do Iate Clube de Perth, no sudoeste da Austrália, de onde Jon Sanders sempre parte e retorna de suas voltas pelo mundo.

Foi próximo aos 40 anos que o velejador decidiu pegar um pequeno barco antigo de 10 metros que ele tinha, batizado de Perie Banou, nome da fada de “1001 Noites”, e iniciou as voltas ao redor do mundo. O intervalo entre a primeira e a segunda vez que Jon saiu velejando foi de quatro anos, mas a segunda teve um desafio maior: deu duas voltas ao mundo sem parar em nenhum lugar, ficando dois anos sozinho no mar.

Em 1986, quatro anos depois, ele partiu novamente, mas dessa vez em um barco de 14 metros de comprimento. Na oportunidade, Jon deu três voltas consecutivas ao redor do mundo. Ninguém havia alcançado tal façanha. Assim, ele entrou no Livro dos Recordes, como a “mais longa distância navegada por uma embarcação [navios, incluídos] sem paradas”.

Dois anos depois trocou novamente de barco, pegando um de 12 metros, considerado intermediário, o Perie Banou II, onde vive até hoje. Com o novo barco, ele partiu mais seis vezes, sendo a última delas agora aos 81 anos.

No total, Jon Sanders já bateu 12 recordes, mas ele afirma que nunca ligou para essas marcas.

– Eu nunca quis ser famoso, quebrar recordes ou me tornar a primeira pessoa a fazer determinada coisa. Se elas aconteceram, foi porque eu estava apenas convencendo a mim mesmo de que poderia fazê-las. E fiz porque quis, não porque perseguisse algo ou uma meta – contou ele, que não descarta dar outra volta ao mundo.

– Quem sabe? A gente nunca pode dizer nunca mais – afirmou.