25/06/2020 - 9:34
Aos 55 anos, Roberta Close leva uma vida discreta na Suíça. A musa das décadas de 80 e 90 criou raízes no país europeu desde que o visitou pela primeira vez em 1987. De sua casa, onde vive com o marido, Roland Granacher, ela falou em uma live sobre a sua trajetória como modelo transexual.
“Fui uma modelo de muito sucesso, que tinha um atrativo na época. Mas sempre digo que fui escolhida, que minha carreira foi obra do destino. Tudo começou por acaso. Eu estava parada numa rua em Copacabana quando passaram o produtor Guilherme Araújo e o Caetano Veloso de carro. Eles pararam e vieram falar comigo. Guilherme disse que tinha gostado muito de mim e me chamou para conhecer a agência dele,” relembra Roberta.
Ela comentou sua carreira de modelo em que desfilou para grandes nomes da moda nacional e mundial. “Naquela época ou você era bonita ou era feia. Não havia muitos recursos. Minha sorte é que sempre tive um corpo lindo. Com 16 anos, eu já tinha um corpo que era uma graça. Trabalhei com os principais estilistas do Brasil e do mundo, como Jean-Paul Gaultier e Thierry Mugler. Fui para o mundo inteiro. Mas eu chegava, desfilava e saía. Nada podia ser dito. Nada se falava sobre quem eu era,” disse.
Roberta ainda disse que não teve o desejo de ser mãe e que não foi fácil para sua família aceitar o seu casamento. “Nunca quis adotar. Acho que a barra seria muito pesada para mim. Quando eu quis me casar, já foi difícil. Até minha família teve dificuldade em aceitar meu casamento. As pessoas custavam a entender que eu era uma pessoa normal, com os mesmos desejos e uma vida sexual como qualquer outro”.