A caminhoneira Marcela Porto, conhecida como Mulher Abacaxi, tem que lidar com vários preconceitos. E desde que apareceu na mídia passou a sofrer de etarismo. Os ataques geralmente acontecem em publicações de matérias nas redes sociais de veículos de comunicação.

“Me chamam de Mulher Maracujá, de vovó, um monte de coisa. O etarismo é um tipo de preconceito que não era falado e nem considerado importante. Não entendo por que usar a idade para atacar o outro, mas isso não me abala, porque me sinto tão bem aos 49 anos”, diz.

Mulher Abacaxi diz que se considera uma sobrevivente: “Eu nunca falei que era novinha. Graças a Deus, eu passei dos 35 anos no Brasil, expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil. Tenho saúde de ferro. E ainda, aos 49 anos, sou rainha da escola União de Maricá, musa da Em cima da hora, rainha da Vila Kennedy”.

“Sou independente. Tenho minha firma e dirijo caminhões pesados. Sou muito bem resolvida”, finaliza a artista.