O Santos está se movimentando para ter de volta, pela terceira vez, o atacante Robinho. Prata da casa, a negociação está sendo tocada pelo presidente do clube, José Carlos Peres, que mantém contato frequente com a representante do atleta, a doutora Marisa Alija. O retorno do craque ainda depende de alguns acertos, como a dívida que o alvinegro praiano tem com o jogador.

Segundo a Gazeta Esportiva, o clube prometeu superar esse problema em breve. O atacante deixou de receber alguns compromissos firmados pelo ex-presidente Modesto Roma. O Santos trabalha com a ideia de diluir a dívida no salário no caso de retorno, mas não fez proposta. E tem concorrência no mercado. Não está descartada a permanência de Robinho no Istanbul Basaksehir que tem contrato até o fim da temporada com o time turco, há cláusula de preferência no acordo vigente. A equipe do atacante lidera a competição.

Robinho prioriza o retorno ao Brasil e, mais precisamente, ao Santos. Aos 36 anos, Robinho pensa em voltar para se aposentar no Peixe e aceita alongar a dívida em “suaves prestações”. Justamente por isso, o entendimento é de que passou da hora do acordo pelo débito ser firmado.

Ainda de acordo com a Gazeta, o Santos confia na boa relação com Marisa Alija para acertar a dívida e o retorno em breve. A acusação de violência sexual contra o atacante, com condenação em primeira instância em júri na Itália em 2017, não é impedimento para o alvinegro. A equipe da Baixada Santista confia na inocência do atleta e aguarda pela absolvição.

Dívidas prioritárias

O Santos fez três acordos, mas ainda precisa resolver o principal deles: a dívida com o Hamburgo, da Alemanha, pela contratação de Cleber Reis em 2017. O Peixe acertou a contratação por 2 milhões de euros (R$ 7,3 mi, à época). E não pagou. O débito foi acrescido de multa e juros e ultrapassou 4 milhões de euros (R$ 24 mi, na cotação atual). O Hamburgo foi à Fifa e conseguiu bloquear o Alvinegro de registrar novos jogadores até pagar essa dívida, que aumenta diariamente.

O Alvinegro praiano tem dinheiro da Sampdoria por Kaique Rocha a receber, além do mecanismo de solidariedade de Gabigol no Flamengo, e cotas em patrocínio. A expectativa é pagar pelo menos parte dessa “bola de neve” para comprovar a boa fé ao Hamburgo, assinar acordo e acabar com o transfer ban. Vale lembrar que o Peixe ainda deve ao Atlético Nacional (COL) por Felipe Aguilar e ao Huachipato (CHI) por Yeferson Soteldo.