Com 30 indicações a prêmios ao longo de sua pulsante carreira teatral, o mineiro Vitor Rocha é um dos autores mais promissores da cena atual, tendo, inclusive, sido eleito como um dos 90 jovens mais bem-sucedidos do país pela Forbes Under 30 em 2019. Ele acaba de ganhar o Prêmio Bibi Ferreira pela dramaturgia do musical João, junto com Marco França, e prepara-se para estrear outros importantes trabalhos nos próximos meses.
O primeiro deles é o filme musical original “Nesta Data Querida”, escrito e estrelado por ele mesmo e dirigido por André Leão, que estreia na 33ª edição do Festival Mix Brasil (dias 13 e 15 de novembro) e, depois, no Telecine. Sobre a passagem pelo Mix Brasil, Rocha celebrou a conquista.
“O Festival Mix Brasil é muito grande, muito importante. E acho que só isso já dá todo o significado de como é legal estar ali com o primeiro projeto audiovisual, autoral, junto dessa galera, de tantas pessoas incríveis. E mais do que isso, também tem a questão de ser um festival de diversidade, focado nisso. Nossa comunidade sempre acolheu e foi acolhida pelo musical, pelo teatro musical, pelo cinema musical. Então, fazer um primeiro curta-metragem musical, o autoral brasileiro, que tem diversidade presente ali no DNA da obra, em um festival que homenageia tudo isso, acho que é ainda mais significativo”.
Outra novidade de grande destaque é a adaptação teatral de “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, com direção de Sérgio Modena, produção que comemora os 40 anos da Morente Forte. A nova versão para o famoso romance de Jorge Amado chega aos palcos já em 2026.
Além disso, outros dois sucessos escritos por ele voltam em cartaz em São Paulo em 2026, depois de temporadas bem-sucedidas neste ano: Donatello (sobre a importância das memórias, o envelhecimento e os desafios do Alzheimer) e Mágico Di Ó (uma releitura abrasileirada do clássico O Mágico de Oz, de L. Frank Baum, situada no sertão nordestino).
Sobre Vitor Rocha
Aos 28 anos de idade, Vitor Rocha trabalha como ator, diretor, dublador, dramaturgo e produtor. Durante sua carreira, que começou cedo, ele escreveu, atuou e dirigiu Cargas D’Água – Um Musical de Bolso, espetáculo que lhe rendeu diversas indicações, além de montagens em Londres no Off-West End e Nova York na Off-Off-Broadway. O trabalho também o consagrou como o primeiro autor a receber um Prêmio Bibi Ferreira, na categoria revelação.
Por “Se Essa Lua Fosse Minha”, recebeu indicações a diversos prêmios como APTR e Prêmio Bibi Ferreira, incluindo melhor musical brasileiro e melhor letra e música (categoria na qual foi vencedor ao lado de Elton Towersey). Já os musicais Bom Dia Sem Companhia, dirigido por Alonso Barros, e Mundaréu de Mim, dirigido por Duda Maia, renderam-lhe o Prêmio Destaque Imprensa de roteiro original.
Outros trabalhos recentes escritos por ele são “Petshop, o Musicão”, uma divertida comédia musical, e “Todo Chapéu Me Lembra de Você”, uma história envolvente e misteriosa sobre o amor através do tempo, da qual também é diretor. Para além dos palcos, suas dramaturgias já ganharam as páginas dos livros e receberam selos dos principais prêmios da literatura. “O Mágico Di Ó”, inclusive, foi selecionada para integrar o Plano Nacional do Livro Didático e faz parte das bibliotecas de escolas por todo o Brasil.