 "Ao TSE, Lula informa profissão de torneiro mecânico; veja as ocupações dos candidatos")
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou ser torneiro mecânico ao registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de ter deixado a profissão há 50 anos, em 1972, o petista ainda destaca a ocupação dos tempos de fábrica, em São Bernardo do Campo (SP).
Já o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), informou o atual cargo como ocupação. Nas eleições de 2018, o então deputado federal informou ser membro das Forças Armadas. Das 13 candidaturas cadastradas no sistema do TSE, quatro informaram “advogado” como profissão: Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Constituinte Eymael (DC) e Roberto Jefferson (PTB) – que foi substituído.
Luiz Felipe d’Avila (NOVO) declarou ser cientista político. Léo Péricles (UP) é técnico de mecânica. Sofia Manzano (PCB) informou ser servidora pública estadual. Soraya Thronicke (UNIÃO) destacou o atual cargo de senadora. Já Vera (PSTU) marcou a opção “outros” como ocupação.
Substituto de Roberto Jefferson (PTB) na disputa, Padre Kelmon (PTB) informou ser sacerdote. Único empresário da lista de presidenciáveis, Pablo Marçal (Pros), teve a candidatura cancelada pelo TSE.
Policial militar em alta
Conforme o dados do TSE, houve um aumento de aproximadamente 37,5% no número de candidatos que se declaram policial militar neste ano, comparado com 2018. Naquele ano, 603 PM disputaram as eleições. No pleito de 2022, o número subiu para 830.
No entanto, empresários e advogados continuam entre as principais profissões dos candidatos. Dos mais de 29 mil postulantes a um cargo, 20% afirmaram terem essas profissões.
Entre os candidatos a deputado federal, 1357 informaram serem empresários e 858 advogados. Em terceiro lugar na lista de profissões estão os professores (fundamental, médio e superior), que somados correspondem a 466 candidatos. Em quarto e quinto lugar aparecem os candidatos que já estão na vida pública: deputados e vereadores, respectivamente.
Na sequência, aparecem os administradores, comerciantes, aposentados (exceto servidor público) e médicos. Na 10ª posição entre as principais profissões dos candidatos a deputado federal estão os policiais militares, que saltaram de 170 para 303 postulantes, em comparação com as eleições de 2018.
Empresários e advogados também dominam o ranking dos candidatos a deputados estadual e distrital. Já os professores perdem a terceira posição e aparecem em quarto lugar. Em terceiro e em quinto vêm os vereadores e deputados. Administradores e comerciantes ocupam o sexto e o sétimo lugares.
Já os policiais militares que ocupavam a 10ª posição nas eleições de 2018, subiram para a oitava colocação neste ano. Aposentados e servidores públicos estaduais completam a lista.
Entre os candidatos a senador, os empresários também dominam a lista. Já os advogados perdem o segundo lugar para os deputados, que tentam subir de cargo na vida pública. Professores, que ocupavam o primeiro lugar do ranking nas eleições de 2018, aparecem em quarto lugar neste ano. Já os candidatos que são médicos ficam empatados em quinto lugar com os servidores públicos federais.
Na sequência, vêm os candidatos que já são senadores e optaram por selecionar o próprio cargo como profissão. Servidores públicos civis aposentados, administradores e vereadores completam o ranking.
Na disputa para governador, os candidatos advogados e empresários perdem a primeira colocação na lista das profissões para os professores. Eles, no entanto, vem logo atrás completando o pódio. Em seguida, aparecem os senadores, os governadores – que optaram por selecionar o próprio cargo como profissão – e os deputados.
Médicos, administradores e engenheiros ocupam o sétimo, o oitavo e o nono lugar respectivamente. Já no 10º lugar há um empate entre os servidores públicos estaduais e federais.
O levantamento da ISTOÉ sobre as profissões dos candidatos foi feito com base nos dados disponibilizados pelo TSE, obtidos no último dia 6, e inclui todas as candidaturas, entre aptas, inaptas e em julgamento pela Justiça Eleitoral.
Vale ressaltar que não há distinção entre deputado federal e estadual entre os candidatos que marcaram “deputado” como profissão. Para a realização dos rankings, a reportagem desconsiderou a opção “outros” que figurava nas 10 primeiras colocações de todos os cargos listados.