Pelo menos uma pessoa morreu e 12 estão desaparecidas após o naufrágio de um navio cargueiro que naufragou na costa da ilha grega de Lesbos, em uma região atingida por fortes ventos, informou neste domingo (26) a Guarda Costeira, que conseguiu resgatar um tripulante.

A Guarda Costeira encontrou o corpo de um homem e o levou ao porto de Mitilene, a capital de Lesbos, no mar Egeu.

Um helicóptero da Marinha, por sua vez, resgatou um membro da tripulação e o enviou ao hospital da ilha.

O portal de notícias estatal Ert informou que o homem, de nacionalidade egípcia, foi encontrado boiando sobre um barril, e apresentava bom estado de saúde, apesar de ter um ferimento na cabeça. “Está em estado de choque”, declarou à AFP o porta-voz da Guarda Costeira, Nikos Alexiou.

Até o momento, a situação dos outros 12 tripulantes do cargueiro, batizado de “RAPTOR”, não foi revelada.

O navio tinha 106 metros de comprimento com bandeira das Ilhas Comores, quando às 7h00 (02h00 no horário de Brasília) informou que teve uma avaria mecânica.

Uma hora depois, ativou o alerta de emergência “mayday” e desapareceu do radar, segundo as autoridades.

Cinco navios, três embarcações da Guarda Costeira, dois helicópteros da Marinha e da Força Aérea e uma fragata foram mobilizados na operação de resgate.

Segundo as autoridades, o “RAPTOR” transportava carregamentos de sal e partiu do porto de Dekheilan, no Egito, para Istambul, seu destino final.

Este navio, construído em 1984, afundou cerca de 4,5 milhas náuticas (8,3 km) a sudoeste da ilha de Lesbos.

A tripulação é composta por dois sírios, um indiano e 11 egípcios, segundo a agência de notícias grega ANA, citando a empresa com sede no Líbano que opera o navio.

Segundo a agência ANA, a água teria se infiltrado massivamente no “RAPTOR” devido às ondas fortes, somando-se ao já significativo peso da carga.

– “Fenômeno perigoso” –

Em vários pontos da Grécia, os barcos tiveram que ficar nas docas este fim de semana devido a rajadas de vento, que atingiram o nível 9-10 na escala Beaufort, que vai até 12. Em outros países europeus, a partir de 7 são consideradas condições meteorológicas perigosas.

Os serviços meteorológicos gregos emitiram um alerta para este fim de semana, que no sábado atingiu o nível de “fenômeno climático perigoso”. A tempestade Oliver, também chamada de Bettina, está se movendo do mar Adriático em direção à Grécia.

Em meados de novembro, ventos violentos danificaram um navio de guerra ao longo da costa grega que foi utilizado durante a resistência à junta militar no poder de 1967 a 1974.

Nos últimos meses, o país registrou fenômenos meteorológicos extremos, com inundações e uma série de tempestades.

Em setembro, a região agrícola central da Tessália foi inundada por chuvas diluviais provocadas pela tempestade Daniel. Dezessete pessoas morreram, assim como dezenas de milhares de animais, e cidades inteiras foram destruídas.

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