Ao menos 4 líderes do Hamas morrem em ataque de Israel em Doha

TEL AVIV, 9 SET (ANSA) – Israel confirmou nesta terça-feira (9) que realizou um ataque em Doha, capital do Catar, que tinha como “alvo membros da organização terrorista Hamas”. Segundo a TV saudita Al Arabiya, ao menos quatro líderes do grupo árabe morreram no atentado, enquanto fontes palestinas afirmaram que outros integrantes também foram atingidos.   

Imagens de fumaça foram transmitidas pelas TVs israelenses após a aeronáutica militar do país bombardear um prédio no bairro de Katara. Autoridades do governo de Benjamin Netanyahu declararam ao Channel 12 que a ofensiva foi uma “ação retaliatória” contra líderes do Hamas reunidos em Doha, chamando a ação de “Atzeret HaDin”, algo como o “Dia do Julgamento”, em referência ao feriado judaico de Shemini Atzeret, quando o grupo fundamentalista atacou o sul israelense em 7 de outubro de 2023, dando início à guerra ainda em curso.   

De acordo com o mesmo canal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “liberou o ataque israelense no Catar”.   

Do lado árabe, a TV Al Arabiya noticiou que os líder do Hamas Khalil al-Hayya, Zaher Jabarin, Khaled Mashaal e Nizar Awdallah morreram no atentado. Ao mesmo tempo, fontes palestinas afirmaram que outros representantes da organização também estavam presentes no prédio alvejado, sendo Muhammad Darwish, Razi Hamad e Izzat al-Rishq.   

O Catar se manifestou contra a hostilidade de Israel em seu território, chamando de “covarde” o bombardeio na sede do Hamas em Doha.   

“É uma violação flagrante de todo o direito internacional”, diz um comunicado do governo transmitido pela emissora Al-Jazeera, acrescentando que “o Estado do Catar condena veementemente este ataque e afirma que não tolerará este comportamento imprudente de Israel, nem a contínua interferência na segurança da região, nem qualquer ação que vise à sua segurança e soberania”.   

Segundo a nota, Doha abriu uma investigação “conduzida pelos mais altos escalões” das instituições do país sobre a ofensiva.   

(ANSA).