Ao lado de Merz, Netanyahu diz que existem ‘chances de paz’

TEL AVIV, 7 DEZ (ANSA) – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garantiu neste domingo (7) que “existem oportunidades de paz” para o conflito de mais de dois anos na Faixa de Gaza. A declaração foi dada em coletiva de imprensa ao lado do chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, em Jerusalém, enquanto o Hamas e a Cruz Vermelha retomaram hoje as buscas pelo corpo do último refém israelense.   

O premiê também anunciou o início, “para breve”, da segunda etapa do plano de paz dos Estados Unidos, algo que também foi mencionado ontem por Merz no X, ao afirmar que “o cessar-fogo em Gaza [primeira fase do projeto] está se estabilizando”.   

“Agora devemos passar com sucesso à segunda fase”, escreveu o alemão, que após ter criado embargos parciais às exportações alemãs a Israel como resposta à intensificação dos ataques em território palestino, não apenas voltou atrás, como reforçou “as boas relações” entre seus países, dizendo que o governo israelense “tem o direito de se defender”.   

Ainda durante a coletiva, Netanyahu voltou a refutar a solução de dois Estados.   

“Não iremos criar um Estado palestino na nossa porta que irá trabalhar para nos destruir”, declarou o primeiro-ministro, acrescentando que “em Gaza, já havia um Estado de fato, mas o usaram para tentar destruir o único Estado judeu”.   

No entanto, Netanyahu afirmou “acreditar que haja um caminho para se alcançar uma paz ampla com os países árabes, e também um outro para estabelecer uma paz praticável com os vizinhos palestinos”, mas que este “não se dará pela criação de dois Estados”.   

Enquanto Netanyahu e Merz falavam com a imprensa, a rádio israelense Kan informou que o Hamas e a Cruz Vermelha retomaram hoje as buscas em Gaza pelo corpo do sargento-mor Ran Gvili, o último refém sequestrado pelo grupo fundamentalista. De acordo com a notícia, os trabalhos ocorrem no bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, sendo que Israel acredita que a milícia árabe tenha uma pista sobre a localização do cadáver.   

Para a associação que representa os familiares dos prisioneiros que estiveram nas mãos do Hamas, é impossível “proceder à fase seguinte” do plano de paz do presidente americano Donald Trump “antes que Ran Gvili volte para casa”.   

(ANSA).