O prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirmou sua candidatura à reeleição para a prefeitura de São Paulo neste sábado, 3, durante a convenção do MDB. O evento aconteceu na área externa da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), Nunes afirmou que irá melhorar a cidade de São Paulo, chamou o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, de “invasor de terras” e o acusou de apoiar a ditadura da Venezuela.

“O PSOL é um perigo para a nossa cidade, para o povo de São Paulo. Estamos unidos contra a ameaça de ter uma figura como o Guilherme Boulos, que outro dia estava invadindo o Ministério da Fazenda, a Fiesp, boicotando a Copa do Mundo e fechando estradas pelo Brasil, [na prefeitura]. Esse partido é um satélite na América do Sul do que vemos que a Venezuela é capaz de fazer”, disse Nunes.

O evento foi marcado por críticas e indiretas a Boulos. Além de Nunes, Bolsonaro e o presidente do MDB, Baleia Rossi, criticaram o adversário e mandaram recados ideológicos. Enquanto Baleia afirmou que o PSOL destruiria a cidade, Bolsonaro foi mais enfático e afirmou que Guilherme Boulos “nunca trabalhou na vida”. Ele nacionalizou a eleição ao criticar o PT, que indicou Marta Suplicy como vice do psolista, e afirmar que Boulos é apoiador de pautas como a liberação da maconha e o aborto.

“Não podemos pensar aqui em um dia assumir a prefeitura alguém que nunca trabalhou na vida, alguém que quando foi às ruas foi para invadir a propriedade alheia”, afirmou.

“Alguém que quando falava pouco por ai é para se aliar ao PT, é para liberar a maconha, é para liberar o aborto, é para perverter nossas crianças na sala de aula com ideologia de gênero. E não ensiná-los [as crianças] a ser militantes e invasores de propriedades alheias”, completou o ex-presidente.

Nunes confirma a sua candidatura em meio às polêmicas de possíveis desvios em creches na cidade. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o prefeito, acusado de receber valores através da Associação Amigos da Criança e do Adolescente (Acria). comandada por uma ex-funcionária da Nikkey, empresa de propriedade do emedebista.

Ricardo Nunes nega os crimes. No evento, o prefeito não comentou o caso e evitou uma coletiva de imprensa.