A missão de comandar o Atlético-GO na sua volta à elite do Brasileirão fará Vagner Mancini se desdobrar nesta temporada. Convidado do “De Casa Com o LANCE!” na noite desta terça-feira, o técnico do Dragão contou como tem sido a preparação da equipe para o Brasileirão em um período sem jogos oficiais em Goiás.

– A pandemia fez com que a gente tivesse de encontrar soluções, que é o que a gente vive no futebol diariamente. Trata-se de um momento único na vida de todos nós. É um desafio porque o Estadual não terminou e possivelmente será terminado em janeiro de 2021. Embora tenhamos tempo de preparação, isto acaba nos distanciando um pouco dos paulistas, dos gaúchos, dos mineiros, que estão acabando seus campeonatos – e, em seguida, reconheceu:

– Gera diferença porque estamos há quatro meses sem jogar. Não há ambiente de vestiário, da atmosfera do campo, do diálogo com o árbitro… Claro que isto não quer dizer que isto será preponderante, mas pode acontecer de sentirmos falta deste período que ficamos sem jogos. Talvez a gente precise de acelerar processos que, em uma situação normal, estariam inclusos no nosso cotidiano – complementou.

Porém, Vagner Mancini vê uma vantagem neste período sem jogos para que o Dragão chegue tinindo no Brasileirão.

– Conseguimos um período de preparação que não costumamos ter no começo do ano. Geralmente, temos de 10 a 15 dias para preparar fazer mágica e fazer a equipe jogar e bem. Eu, inúmeras vezes, tive este tipo de experiência. Acaba castigando o atleta, porque encurta uma temporada que é chamada de “pré”, mas na verdade é “mini-temporada”. E o treinador depende dos resultados nos primeiros jogos. Dentro desta bagunça que é 2020, que jamais vai ser esquecido na humanizada, temos que valorizar as coisas boas – afirmou.

Mancini falou sobre os jogos-treinos que o Dragão fez projetando o Campeonato Brasileiro. A equipe duelou com Vila Nova, Goiânia, Cuiabá e Capital-DF.

– Os amistosos nos deram parâmetro do que podemos esperar da equipe. Enfrentamos dois jogos duros, como o Vila Nova e o Goiânia, porque a rivalidade faz com que isto ocorra, mas servem de parâmetro só para treinamento. Não são parâmetro para o que vamos enfrentar. Não teremos a estreia contra o Corinthians, mas a rodada seguinte será diante do Flamengo, depois o Sport… Serão jogos em um cenário diferente! – afirmou.

O treinador reconheceu que fez falta não enfrentar equipes de Série A na preparação. Chegou a ser negociado um quadrangular envolvendo o Atlético-GO, o Goiás, o Flamengo e o Vasco.

– Senti falta. Acho que seria importante disputar este torneio, mas a saída de Jorge Jesus (do comando do Flamengo) gerou um fato novo. Mas, em contrapartida, temos de entender, assim como tempos de olhar para frente. O “plano B” foram estes jogos que marcamos – declarou.

O comandante falou sobre o duelo do Atlético-GO com o Corinthians ter sido adiado, em virtude do Timão disputar a final do Paulistão.

– Em termos de preparação afeta pouco. Agora, atrapalha porque todo torcedor quer na segunda-feira ou no domingo á noite saber os números de jogos para você entender o campeonato. Numa pandemia onde vamos ter de jogar quarta e domingo, e olhe lá… Se não tiver de jogar terça, quinta e sábado porque faltam datas e, com um jogo adiado, vai ter semana na qual disputaremos três jogos. Partidas terça, quinta e sábado… Queríamos atuar no domingo, mas entendemos a situação – disse.

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