A temporada 2020/2021 do West Ham foi histórica. O clube londrino ficou com um honroso 6° lugar na tabela de classificação da Premier League, e alcançou a classificação inédita para a fase de grupos da Uefa Europa League, já que o clube nunca conseguiu passar da fase eliminatória em temporadas anteriores.

Um dos grandes nomes do elenco dos Hammers é Manuel Lanzini. O meio-campista argentino chegou ao clube na temporada 2016/2017, e até aqui realizou 157 partidas pelo time londrino, com 22 gols marcados e 23 assistências.

Um dos gols marcados, inclusive, foi um dos gols mais bonitos da última temporada, contra o Tottenham, no heroico empate em 3 a 3, quando Manu saiu do banco para acertar um chute no ângulo, aos 49 minutos. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, em parceria com a Betway, o argentino relembrou esse momento especial.

– Foi incrível, lindo. Eu mesmo não esperava que a bola entrasse aí. Bem, e eu chutei a bola, ela foi direto para lá e chegou lá. E todas as preocupações com o jogo, que estávamos perdendo por 3 a 0 e conseguimos três gols nos últimos 10 minutos. Foi fantástico! Adoraria ter torcedores no jogo, mas eles não podiam estar lá naquele momento. Mas foi um momento lindo que gerou muita felicidade e nos deu muita confiança. Quando você está perdendo um jogo como esse e consegue empatar, o time fica muito mais confiante. Isso é fantástico – disse ao L!.

CLASSIFICAÇÃO PARA A UEFA EUROPA LEAGUE
Naquela altura do campeonato, o West Ham ainda buscava engrenar e dali para frente o time londrino se tornou um destaque na competição, e em certo ponto, chegou a figurar entre os quatro primeiros, na zona de classificação para a Champions. No entanto, o clube terminou com a vaga na fase de grupos da Liga Europa.

– O principal segredo (para conseguir a classificação) foi a união da equipe. Este é um grupo muito forte. Não é apenas fisicamente forte, mas mentalmente, também. Acho que esse é o principal motivo para conseguirmos coroar a temporada da melhor maneira. Para mim, esses são os principais motivos.

DA ÁGUA PARA O VINHO
Na temporada 2019/2020, o West Ham passou boa parte da Premier League brigando contra o rebaixamento. Um objetivo muito diferente do que o clube viveu em 2020/2021. De acordo com Manu Lanzini, os reforços e a força do elenco foram os motivos da mudança de ares da equipe londrina.

– Grandes jogadores se juntaram ao time, e eles contribuíram muito para a equipe em todas as partes. Vimos melhorias notáveis. Havia essa base, novos jogadores foram adicionados ao elenco, que ajudaram a elevar o time a um nível mais alto – destacou.

DO BOLEYN GROUND PARA O ESTÁDIO OLÍMPICO
Um dos momentos mais impactantes da história recente do West Ham foi a mudança de estádio. A tradicional casa dos Hammers, o Upton Park ou Boleyn Ground, deixou de ser o estádio do clube para que a equipe se mudasse para o Estádio Olímpico de Londres, em 2016/2017. Na despedida, o West Ham venceu, de virada, o Manchester United por 3 a 2, em um jogo onde Lanzini foi titular, e que foi marcante para a história tanto do clube, quanto do jogador.

– Foi realmente lindo. Upton Park era um lugar memorável. Estamos falando sobre duas coisas diferentes aqui. Quando cheguei, vim para um estádio muito parecido com os que temos na Inglaterra, um lugar memorável, com muita história. Mas é claro que existe o lado comercial da equipe, um espaço maior era necessário para atingir os objetivos do time. Naquela época o estádio foi ficando pequeno, e o time mudou para um local bem maior, com um padrão de instalação mais alto e que é lindo também. O Estádio de Londres é um dos estádios mais bonitos onde já tive a oportunidade de jogar – afirmou.

PREMIER LEAGUE
Há mais de cinco anos atuando na Premier League, Lanzini já está mais do que acostumado e adaptado ao futebol inglês, tanto tecnicamente quanto fisicamente. O argentino afirmou que a liga inglesa, conhecida por ser uma das melhores e mais disputadas do mundo, faz jus à sua fama mundo afora.

– É a liga mais forte porque todas as equipes aqui, principalmente economicamente, são muito fortes. Por isso, todas as equipes têm recursos para se fortalecer, contratar bons jogadores, e isso faz uma liga melhor, mais competitiva. Mesmo que uma equipe esteja em boa fase, ela não sabe se vai conseguir vencer seu adversário. É por isso que a competição é tão acirrada e, na minha opinião, é a mais forte do mundo – opinou.

MUDANÇAS NA CARREIRA
Antes de desembarcar no futebol inglês para vestir a camisa do West Ham, Manuel Lanzini jogou uma temporada no Al-Jazeera, dos Emirados Árabes Unidos. O argentino falou com o LANCE! sobre a experiência de atuar em um dos ambientes periféricos do futebol mundial, após atuar no futebol argentino e no futebol brasileiro.

– Acho que aprendi coisas diferentes em cada lugar. Quando alguém vai para um país diferente, existe um idioma diferente, costumes diferentes e muitas outras coisas diferentes. E existe esse processo de aprendizagem. Em termos de futebol, nenhuma liga é igual. Existem semelhanças, mas também as características específicas. Quando passei pelos Emirados Árabes, por exemplo, vi que o futebol lá não é tão forte como na Argentina, ou no Brasil, na Inglaterra e em outras ligas da Europa. Mas cada lugar traz uma oportunidade de aprender alguma coisa – salientou.


Lanzini - Fluminense

Lanzini em campo pelo Fluminense (Foto: Divulgação / FFC)

PASSAGEM RÁPIDA E CAMPEÃ PELO FLUMINENSE
​Em 2011, com apenas 18 anos de idade, Manuel Lanzini desembarcou no Rio de Janeiro para atuar com a camisa do Fluminense, por empréstimo junto ao River Plate. Tratado como uma joia pelo clube argentino e pelo Tricolor, Manu atuou por um ano no Flu (de julho 2011 a julho de 2012).

Foram 42 jogos e cinco gols, sendo um deles no Brasileirão de 2012, onde o Flu se tornou tetracampeão brasileiro. Foi um período rápido, porém muito marcante para o jogador.

– Foi lindo, muito lindo. Gostei muito do tempo que passei no Brasil. Mas eu era muito jovem, também; na verdade, tinha 18 anos. Eles me trataram muito bem, o clube e a torcida. Amei a cidade, Rio de Janeiro. É muita, muito bonita. E, na verdade, tive a sorte de me acostumar com tudo muito rápido, com o campeonato, e meus companheiros eram muito bons, excelentes jogadores, o que também ajuda. Foi um belo passo na minha carreira – finalizou.


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