A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, voltou a alertar para a perda de fôlego da recuperação global, ao discursar em reunião virtual de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20. Segundo ela, dados mais recentes apontam para um crescimento mais fraco em 2022, diante da variante Ômicron da covid-19 e de problemas nas cadeias de suprimento “que são mais persistentes do que o anteriormente antecipado”.

“Ao mesmo tempo, as leituras de inflação seguem elevadas em muitos países, os mercados financeiros estão mais voláteis e as tensões geopolíticas aumentaram fortemente”, disse ela, segundo comunicado do FMI com a íntegra de sua fala.

Kristalina Georgieva citou o que vê como prioridades atuais, entre elas evitar choques econômicos duradouros com a covid-19, que ainda é uma incerteza.

Ela pediu foco importante na vacinação e em sua distribuição, bem como em insumos como testes e tratamentos contra o vírus. Também defendeu a importância de passar por esse ciclo de aperto monetário esperado. Segundo ela, é preciso “lutar contra a inflação sem frear a retomada”.

A diretora-gerente do FMI ainda disse que os países devem ter prioridade maior na sustentabilidade fiscal. Após estímulos para lidar com o choque da pandemia, é preciso fazer ajustes, com apoio mais direcionado.

Ela mencionou que a parcela de países de baixa renda com alto risco de problemas de dívida dobrou desde 2015, de 30% para 60% do total deles atualmente.

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