Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta terça-feira o pedido de uso emergencial da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin, apresentado pela empresa Precisa Medicamentos, representante no país do laboratório indiano Bharat Biotech.

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O pedido de uso do imunizante ocorre em meio às investigações da CPI da Covid no Senado e de demais órgãos de controle sobre suspeitas de irregularidades envolvendo as tratativas com o governo federal para compra da Covaxin.

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Essas suspeitas trouxeram o presidente Jair Bolsonaro para o centro do debate na CPI. Ele teria sido informado das alegadas irregularidades, conforme depoimento do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e do irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, à CPI na semana passada.

Em comunicado, a Anvisa disse que vai iniciar a triagem dos documentos presentes no pedido de autorização para uso emergencial.

“As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório”, disse a agência.

Em março, por unanimidade, a Anvisa rejeitou pedido de importação da Covaxin. Mesmo assim, o Ministério da Saúde manteve o empenho para pagar 1,6 bilhão de reais por 20 milhões de doses da vacina indiana.

Segundo uma fonte, a pasta avalia rescindir o contrato para a compra da Covaxin.

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