O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, afirmou que a notificação do Instituto Butantã, de São Paulo, sobre um evento grave relacionado à vacina contra a covid-19 demorou três dias para chegar ao órgão regulador. A demora, informou, foi devido a um ataque de hacker contra órgãos federais.

Em coletiva de imprensa, a Anvisa apresentou uma “linha do tempo” da decisão de suspender os testes da vacina Coronavac, criticada pelo Butantã e pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). De acordo com a agência, o evento adverso – a morte de um voluntário, segundo apuração do Estadão – teria ocorrido no dia 29 de outubro. A informação do instituto paulista, dada no dia 6 de novembro, só teria chegado à Anvisa no dia 9.

“Usamos a precaução, é isso que tem de ficar claro. Na dúvida, é melhor não arriscar, não podemos expor pessoas”, disse o gerente. “Estamos tomando medidas necessárias para dar segurança e garantia”, destacou Mendes. A Avisa alega que o Butantã não detalhou o evento grave ocorrido nos testes da vacina e que o protocolo técnico orientou a suspensão.


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