A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou, neste domingo (17), uma reunião para decidir se autoriza o uso emergencial de duas vacinas contra a covid-19, que deixa quase 210.000 mortos no país, em plena segunda onda da pandemia.

A reunião, que começou às 10h00 (horário de Brasília) e deve durar cerca de cinco horas, coincide com um confronto entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Dória, que disputam a liderança no início da campanha de vacinação no país.

Enquanto isso, o estado do Amazonas (norte) vive um novo colapso em seu sistema de saúde, e gera preocupação pela aparição de uma variante do vírus que, segundo os especialistas, pode ser mais contagiosa e que levou vários países a fechar suas fronteiras de voos com o Brasil.

O diretório da Anvisa analisará os pedidos para uso urgente de duas vacinas: a desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca com a Universidade de Oxford junto à Fundação Fiocruz do Ministério da Saúde; e a CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac em associação com o Instituto Butantan, do governo de São Paulo.

A vacina da AstraZeneca, fabricada pelo Instituto Serum na Índia, ainda não foi importada para o Brasil. O governo de Jair Bolsonaro anunciou na semana passada que enviaria um avião para buscar dois milhões de doses, mas o governo indiano, em pleno início de sua própria campanha de imunização, ainda não autorizou o envio.

Seis milhões de doses da CoronaVac já estão em São Paulo, cujo governo afirma estar pronto para iniciar a campanha quando obtiver o aval da Anvisa, desafiando o Ministério da Saúde, que pediu a entrega imediata das doses para distribui-las aos diferentes estados brasileiros e iniciar uma campanha simultânea em todo o país.