Às vésperas do GP da Bélgica de Fórmula 1, que será disputado neste domingo, o espanhol Carlos Sainz Jr. falou sobre sua mudança de ares na categoria. O piloto da Renault já foi anunciado como substituto de Fernando Alonso na McLaren a partir da próxima temporada.

Sainz está na Renault desde a reta final do ano passado, mas tem sua trajetória na Fórmula 1 estreitamente ligada à Red Bull. Afinal, começou na base da equipe em 2010 e teve sua primeira chance na categoria com a Toro Rosso, onde ficou de 2015 até 2017. Por isso, havia a expectativa de que a Red Bull optasse por ele para a vaga de Daniel Ricciardo, anunciado pela Renault para 2019, mas os dirigentes optaram por promover Pierre Gasly, que compete este ano justamente pela Toro Rosso.

Apesar de ter sido preterido, Sainz descartou qualquer mágoa com a Red Bull. “Estou deixando a família Red Bull de uma forma muito boa. Devo minha carreira na Fórmula 1 a eles. Graças a eles, estou indo à McLaren, porque me colocaram na Fórmula 1. E pude ter uma carreira graças a eles. Estou abrindo um novo capítulo. O ano que vem será meu primeiro nos dois anos de acordo com a equipe. E mal posso esperar”, declarou nesta quinta-feira.

Nono colocado no Mundial de Pilotos do ano passado e atualmente na 11.ª colocação da temporada, Sainz chegará para ajudar na reconstrução de uma equipe que tem sofrido com os péssimos resultados dos últimos anos. O espanhol, porém, confia na tradição da McLaren para sonhar com voos mais altos a partir de 2019.

“É impossível ficar decepcionado quando você está saindo para uma equipe como a McLaren. É um daqueles sonhos de criança, impossível ficar triste. Sim, fui parte da família Red Bull por um longo período e sempre disse que a Red Bull era um dos meus principais objetivos. Mas, como piloto, a família McLaren motiva muito”, afirmou.

Sainz ainda revelou que já vinha negociando com a McLaren “há um ano ou dois”, mas admitiu certa apreensão quando viu Ricciardo ser anunciado para seu lugar na Renault. “Obviamente, por um período eu não sabia para onde iria. Tinha opções e a McLaren era uma delas há algum tempo. Por isso, fiquei até calmo com a situação. Tinha que esperar o que aconteceria com a Red Bull e, então, tomei minha decisão. No fim, deu tudo certo.”