A um ano das eleições, temos duas certezas. A primeira é que Lula deve estar no segundo turno e que a outra vaga não pode ser de Bolsonaro. O capitão é a figura a ser expurgada nas urnas. Ele não pode ter a possibilidade de um novo mandato. Estes últimos quatro anos no Poder foram os piores das nossas vidas. Ele não está deixando pedra sobre pedra. Vai nos legar uma herança maldita a partir de 2023. Não podemos permitir que tenha a mínima chance de obter um novo mandato. O ideal é que ele não tivesse condições de ser candidato, que sofresse impeachment ou tivesse a candidatura cassada pelo TSE pelos crimes que já cometeu. Mas, como isso não está no horizonte político, a tarefa das pessoas de bem, os autênticos democratas, será no sentido de se unirem contra ele, num movimento anti-Bolsonaro. Os candidatos de centro precisam construir uma frente contra ele.

Se é consenso que Lula estará no segundo turno, até porque todas as pesquisas apontam essa tendência, a missão da terceira via será a de tirar Bolsonaro do jogo, inviabilizando sua candidatura ou neutralizando seu discurso de salvador da pátria, de o “Messias” que veio para mudar as regas do jogo em prejuízo dos que estavam insatisfeitos com a corrupção e o “comunismo” do PT. Na verdade, o bolsonarismo não passou de um movimento que criminalizou a corrupção petista para institucionalizar a corrupção rasteira das rachadinhas familiares dos Bolsonaro.

Está cada vez mais claro que o ex-capitão somente será retirado do segundo turno por um candidato forte, da terceira via, que exprima os anseios populares

Está cada vez mais claro que o ex-capitão somente será retirado do segundo turno por um candidato forte, da terceira via, que exprima os anseios populares por uma candidatura inovadora que venha resgatar o Brasil de todos os brasileiros, sem divisões entre os “nós e eles” que tanto mal tem nos feito. Precisamos de um presidente que não apenas acabe com os malfeitos, mas que nos recoloque no rumo do desenvolvimento. Afinal, com a dupla Bolsonaro/Guedes estamos indo para o fundo do poço, com índices de desemprego alarmantes, inflação descontrolada, juros nas nuvens e com uma crise fiscal sem precedentes, onde a responsabilidade fiscal só é figura de retórica e o teto de gastos uma ficção.

Como todos sabemos, no ano que vem teremos uma recessão profunda e os bancos de respeito, como o Itaú, já falam em queda de 1% no PIB. Qualquer que seja o novo presidente eleito em outubro de 2022, teremos quatro anos de trágica crise econômica no período de 2023 a 2026. Não podemos atravessar mais quatro anos com Bolsonaro e Guedes, pois aí teríamos mais uma década perdida. Deus nos salve desse infortúnio.