O jornalista Antero Greco foi mais um profissional da ESPN a usar fortes frases para criticar a diretoria do Flamengo, que conseguiu o direito de transmitir a partida da final da Taça Rio através de uma liminar do TJD.

Presente no ‘Futebol na Veia’ desta quarta-feira, o comentarista classificou o episódio protagonizado no futebol carioca como ‘todo dia é um 7 a 1’, fazendo alusão ao aniversário de seis anos da fatídica goleada sofrida pelo Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014.

– O caso do Flamengo eu diria que vou usar uma expressão que ficou popular há seis anos: “É todo dia um 7 a 1”. E hoje, que dia que é? 8 de julho. Levamos outra vez um 7 a 1. Foi o que aconteceu. E se a gente acrescentasse o 1, ficaria o 171, que foi o que aconteceu nessa história toda dessa etapa do campeonato do Rio de Janeiro. É muito triste você ver um clube que voltou a ser destaque pelas façanhas dentro de campo e que teria ser assim pela história de todos os grandes clubes, por aquilo que conquista, por arrebatar os seus torcedores, por provocar medo, apreensão e inveja nos adversários. É o que o Flamengo fez de um ano pra cá no Brasileiro, na Libertadores e agora no Estadual –

– Um time que tem sido um encanto e elogiado por todo mundo por mérito. Porém, fora de campo, ele vem pisando na bola e hoje eu diria que foi o auge. Quer dizer, o auge não porque desse tipo de dirigente a gente sempre tem que esperar para falar sobre auge ou fundo do poço, porque sempre vem uma coisa a mais para aparecer – afirmou.

Antero também afirmou que o Flamengo se aproximou politicamente do governo federal com intuito de se beneficiar, já que a mesma situação do jogo único aconteceu nas semifinais e o clube não buscou seus direitos na justiça.

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– O Flamengo se beneficiou de uma medida provisória. Nós temos dito aqui e quem não quiser entender, não entenda. O Flamengo se aproveitou da proximidade com o governo federal e está entrando em uma briga que interessa em outras esferas uma poderosa rede de televisão. E ficou claro que há esse desejo do confronto com essa história agora. Enquanto o Flamengo alegava que a MP lhe dava direito como mandante de transmitir o seu jogo, ok, nós ficamos discutindo. ‘Olha, é um fato novo, muita coisa vai rolar, haverá desdobramentos, vamos ver o que vai acontecer’. Desta vez ele não é o mandante, então ele devia calar-se e aceitar. Soltou uma nota hoje que é aquela coisa que é um me engana que eu gosto. (…) Depois chega e acata uma medida do TJD, que argumenta que por ser jogo único não há chance de um time ser o mandante. Caramba, aconteceu a na semifinal a mesma coisa, foi um jogo único e não teve um mandante e ninguém falou nada – criticou.

Antero ainda afirmou que toda essa questão mostra uma hipocrisia da diretoria do Flamengo, quebrando seus discursos iniciais e, na verdade, buscando medidas em benefício próprio.

– Só esse aspecto mostra a hipocrisia e o comportamento de uma direção de um clube tão forte e tão bonito, que deveria nesse momento até ser coerente. É uma coisa de inteligência. ‘Olha, nós estamos defendendo essa Medida Provisória porque acreditamos nela’ e pronto, fica quieto. Deixa o Fluminense passar porque é um trunfo que ela, a diretoria do Flamengo, pode usar: ‘Olha, quando o Fluminense foi o mandante, nós acatamos’. Agora, agindo dessa maneira, (a diretoria) só escancara que busca atitudes que lhe sejam apenas convenientes, em benefício próprio – completou.


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