A ansiedade faz parte dos sentimentos comuns do ser humano, mas é motivo de preocupação quando manifestada em excesso. Quando recorrente, a sensação deve ser tratada quanto antes, de modo a evitar impactos na qualidade de vida de quem sofrem com a condição. 

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O que é ansiedade

A ansiedade é a resposta natural do corpo ao estresse. É um sentimento de medo ou preocupação que pode ser desencadeado por uma combinação de fatores, como genética, ambiente e química do cérebro, segundo pesquisadores. 

Os sintomas comuns dessa condição são aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada, inquietação e dificuldade de concentração. No entanto, podem ser manifestados de diferentes maneiras, que variam entre as pessoas. As informações são do “Healthline”.

Quando desencadeada por situações pontuais, a ansiedade pode ser considerada “saudável”. Por outro lado, o excesso pode ser sinônimo de transtorno de ansiedade, e tende a ser incontrolável e resultar em outras condições de saúde mental e emocional, como síndrome do pânico, transtorno de estresse pós-traumático (TSPT), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), ansiedade de separação, fobia, transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e transtorno da ansiedade social.

Tratamentos

Ao notar qualquer um desses sintomas, é necessário buscar ajuda profissional de médico, psicólogo e psiquiatra. O tratamento precoce é a melhor solução para evitar maiores consequências na qualidade de vida da paciente.

Existem diferentes tratamentos contra a ansiedade, que variam de terapia cognitivo-comportamental a medicamentos. Além dessas opções, algumas alternativas naturais são aprovadas pela ciência e prometem prevenir o transtorno ou amenizar seus sintomas; conheça-as:

Ser ativa 

O sedentarismo traz grandes impactos à saúde, inclusive emocional. Portanto, praticar exercício regularmente não se limita à saúde física. 

Um estudo publicado em 2013 aponta que pessoas com transtorno de ansiedade que têm o hábito de praticar atividade física estão mais protegidas contra o desenvolvimento de outros transtornos relacionados a essa condição.

Conforme a American Psychological Association (APA), o exercício regular leva a um aumento da concentração e da força de vontade, o que pode ajudar em certos sintomas de ansiedade.

Deixar o álcool e o cigarro

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode interferir no equilíbrio dos neurotransmissores, que pode ocasionar em certos sintomas de ansiedade. Uma revisão de 67 estudos indica que diminuir a ingestão de álcool pode melhorar a ansiedade e a depressão.

O mesmo acontece com as fumantes. Uma tragada no cigarro para “desestressar” pode ser uma solução rápida, mas que tende a piorar a ansiedade com o tempo.

Pesquisa indica que quanto mais cedo iniciar o hábito de fumar, maior será o risco de desenvolver um transtorno de ansiedade. Além disso, os resultados do estudo ainda indicam que a nicotina e outros produtos químicos na fumaça do cigarro alteram vias no cérebro relacionadas à ansiedade.

Limitar o consumo de cafeína

A cafeína não é uma boa opção para pessoas ansiosas. Segundo uma pesquisa publicada pela Cambridge University Press, esse componente pode causar ou piorar o transtorno de ansiedade, pois assim como o álcool, pode alterar a química do cérebro.

Recomenda-se reduzir gradualmente a cafeína ao longo de algumas semanas, para ajustar o hábito sem que o corpo sofra uma abstinência.

Dormir bem

Uma boa noite de sono também é válida para afastar os sinais da ansiedade e melhorar a saúde mental. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) recomenda que adultos durmam de 7 a 9 horas diariamente.

Manter uma dieta balanceada

A alimentação também é uma grande aliada à saúde física e mental. Portanto, vale apostar em uma dieta balanceada, com baixos níveis de açúcar e produtos processados, que podem impactar no humor e comportamento de algumas pessoas. 

Água, frutas e verduras devem fazer parte do cardápio diário. Outra indicação é consumir uma xícara de chá de camomila durante a noite para acalmar os nervos e ajudar a promover um sono de qualidade.

Meditar 

A meditação consegue aliviar o estresse e a ansiedade. A técnica ainda faz parte da terapia cognitivo-comportamental, comumente utilizada no tratamento contra a ansiedade. Segundo uma pesquisa da John Hopkins, 30 minutos de meditação diária podem aliviar alguns sintomas e agir como um antidepressivo.

Outra dica é praticar a respiração profunda, que ajuda a diminuir o ritmo cardíaco e amenizar a ansiedade. Para isso, basta respirar de forma lenta e uniforme.