RIO DE JANEIRO, 29 AGO (ANSA) – Por Patrizia Antonini – Formado em engenharia eletrônica pela Universidade La Sapienza e com um MBA Executivo pela Columbia, o CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli, é um dos principais executivos da América Latina, frequentando o topo de rankings e as capas das principais revistas de negócios da região.
Nascido em Roma, com esposa sueca e dois filhos cariocas, Griselli não tem apenas uma experiência de mais de 20 anos no setor de telecomunicações, mas também um lado criativo, que enriquece sua capacidade de análise. Além de pintar e colecionar arte, herdou da avó professora de música a paixão pelo piano. E embora também tenha pisado no palco do festival Rock in Rio, o executivo que sucedeu Pietro Labriola em 2022 é um amante de Mozart e Schubert.
Em entrevista à ANSA, o CEO conta os pontos fortes da TIM Brasil, um motor que gera 30% do faturamento do Grupo TIM, com o Ebitda representando mais de 40% do total, e a margem mais alta da América Latina, além de uma geração de caixa equivalente a 60% do total, com ainda muito espaço para crescer em todas as frentes.
“A TIM chegou ao Brasil há mais de 25 anos e sempre foi sinônimo de vanguarda tecnológica. A companhia trouxe a revolução do GSM com roaming estendido e nos últimos anos foi líder com o 4G e o 5G”, explicou Griselli.
“E em particular com o 4G, garantimos a cobertura mais ampla do país, com presença em todos os seus 5.570 municípios. Nosso concorrente mais aguerrido para em 5 mil, uma bela distância. E também estamos à frente no 5G. Cobrimos 750 municípios, contra 500 do nosso primeiro competidor”, salientou.
No tema da Internet das Coisas, em verticais de alto valor industrial, a tecnologia da TIM tem uma enorme margem de desenvolvimento, destacou o CEO.
“Tomemos como exemplo o agronegócio, um setor que corresponde a 25% do PIB do Brasil. São 300 milhões de hectares de território dedicados à pecuária e à agricultura para ser digitalizados, para obter uma agricultura de precisão, mais produtiva e econômica, e com uma redução das emissões. A TIM é líder neste setor: entre o primeiro e o segundo semestre, alcançamos a cobertura de 23 milhões de hectares. E se pensarmos que o estado de São Paulo inteiro tem 25 milhões de hectares, é possível entender as dimensões e os potenciais de desenvolvimento. Para a TIM, é um novo modelo de negócios muito promissor, que já trouxe mais de 160 milhões de euros de faturamento”, disse.
Mas a filosofia da companhia no Brasil também se enraíza no campo social. “A tecnologia é para todos e não pode deixar ninguém para trás, ainda que o olhar esteja sempre voltado para os negócios e seu impacto na coletividade. As TLCs abrem a possibilidade de fazer pagamentos seguros com o Pix, trazem educação, inclusão e cultura”, comentou Griselli, lembrando que a TIM lançou recentemente a primeira “Favela 5G”, propondo uma conexão com “tarifa social”.
A subsidiária italiana, que figura no Índice de Sustentabilidade ISE da Bolsa de São Paulo há 17 anos, alcançou agora o primeiro lugar após uma longa permanência nas 10 primeiras posições. A empresa, entre as mais fortes do Brasil em governança, também é considerada a mais inclusiva e atenta à diversidade em nível global.
E quanto ao consumo de energia, segundo Griselli, a TIM Brasil utiliza 100% de fontes renováveis e gerencia suas próprias usinas solares e hidrelétricas. A operadora possui mais de 130 delas e é uma das poucas empresas brasileiras a ter conquistado a pontuação máxima em transparência e gestão climática do índice internacional Carbon Disclosure Project.
(ANSA).