ANSA/Simest impulsiona empresas italianas na América Latina

SÃO PAULO, 26 SET (ANSA) – Por Patrizia Antonini – Há anos a serviço da internacionalização de empresas italianas, a Simest reforçou sua presença na América Latina com a abertura de uma sede em São Paulo, um hub estratégico para o Brasil e mercados vizinhos.   

Em entrevista à ANSA, Sara Colombo, engenheira que vive e trabalha na capital paulista há 11 anos e atualmente é Relationship Manager da Simest para o Brasil e a América Latina da Simest, detalha os objetivos, estratégias e oportunidades para as companhias na região, com o objetivo de “facilitar o crescimento com instrumentos mirados”.   

“A presença direta na América Latina se insere na estratégia mais ampla do Ministério das Relações Exteriores, articulada no Plano para as Exportações, para reforçar o apoio às empresas italianas nos mercados internacionais mais estratégicos. São Paulo, como hub econômico da região, permite acompanhar mercados-chave, como Brasil, México e Chile”, declarou Colombo.   

“A estratégia da Simest é estimular investimentos estruturados, reforçar setores de excelência e tornar mais acessíveis as finanças subsidiadas, com atenção especial às medidas dedicadas à América Latina, para um crescimento sustentável e competitivo”, acrescentou.   

De forma mais específica, a Simest “oferece financiamentos subsidiados, investimentos participativos e incentivos para o crédito à exportação”.   

“Na América Latina, o foco está na medida ‘Competitividade das empresas e das cadeias italianas na América Central ou do Sul’, que permite às PMEs acessarem financiamentos com juros baixos para estudos de viabilidade, investimentos produtivos e aquisição de participações em empresas locais. Um instrumento pensado para favorecer projetos concretos de crescimento e consolidar a presença das empresas italianas nos mercados estratégicos da região”, salientou.   

Essa iniciativa totaliza 200 milhões de euros e busca “fortalecer a competitividade internacional das empresas italianas com interesses estratégicos na região, apoiando seus investimentos produtivos e comerciais, o fortalecimento patrimonial, bem como investimentos em inovação tecnológica, digital, ecológica e despesas com treinamento de pessoal”, explica Colombo, que cita entre as vantagens a taxa subsidiada equivalente a 10% da taxa de referência da UE e uma cota a fundo perdido de 10%, ampliável até 20% se a empresa solicitante tem uma sede operacional no sul da Itália ou se é uma PME ou startup com características inovadoras.   

Além disso, o prazo de financiamento é de até seis anos, e o valor máximo do empréstimo é de até 500 mil euros para microempresas; até 2,5 milhões para PMEs e startups inovadoras; e até 5 milhões para outras companhias.   

Soma-se a isso a possibilidade de dispensa de prestação de garantias e a ampliação do público-alvo para empresas que não exportam diretamente, mas que pertencem a cadeias produtivas internacionais.   

“Outra oportunidade interessante são as linhas de crédito para contratos de fornecimento: a empresa italiana que exporta bens intermediários e duráveis (como maquinários e meios de transporte) e serviços relacionados pode solicitar uma contribuição à exportação de até 5%”, acrescentou Colombo.   

Para as empresas italianas que desejam crescer na América Latina, a representante da Simest recomenda “combinar a excelência italiana com uma presença sólida no território, construindo parcerias e investindo em inovação e competências, com uma visão de médio-longo prazo e uma avaliação cuidadosa de oportunidades e riscos”. (ANSA).