Os habitantes de Annecy, nos Alpes Franceses, prestam uma homenagem, neste domingo (11), às pessoas que intervieram para deter o refugiado sírio que esfaqueou seis pessoas, incluindo quatro crianças.

O prefeito da cidade, François Astorg, homenageará aqueles que “agiram com coragem e profissionalismo”, ao enfrentar o agressor antes que a polícia conseguisse prendê-lo.

Entre eles estão dois agentes municipais que tentaram detê-lo com pás, um jovem que aluga pequenas embarcações e um professor de matemática. Um turista também tentou persegui-lo, e uma cuidadora infantil correu para verificar como estavam as crianças feridas.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e outras autoridades do país destacaram as intervenções dessas pessoas que permitiram “salvar vidas humanas”, nas palavras da procuradora Line Bonnet-Mathis.

O refugiado sírio detido pelo ataque, Abdalmasih H., foi acusado de “tentativa de homicídio”, informou a procuradora.

O acusado, que teria em torno de 30 anos, “não quis se expressar” nem durante as primeiras 48 horas de sua detenção, nem diante dos dois juízes instrutores, declarou a procuradora no sábado (10).

Ele foi submetido a uma avaliação psiquiátrica na sexta-feira, a qual determinou que seu estado é “compatível” com a detenção. De acordo com Bonnet-Mathis, é prematuro, no entanto, fazer um diagnóstico, ou descartar uma patologia psiquiátrica.

As vidas das vítimas deste ataque, que ocorreu na quinta-feira em uma pacata localidade à beira de um lago, não estão mais em perigo.

No incidente, quatro crianças, com idades entre 22 meses e três anos, e dois adultos ficaram feridos.

Após fugir de seu país em guerra, Abdalmasih H. obteve, em 2013, um visto de residência permanente na Suécia, o que lhe concedeu o “status” de refugiado. Ele deixou o país escandinavo, porque não obteve a cidadania, ao contrário de sua esposa, de quem se divorciou no ano passado.

De acordo com um vídeo gravado por um transeunte, o agressor gritou “em nome de Jesus Cristo” durante o ataque.

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