A combinação de suspense e ficção científica espacial se revelou indissolúvel ao longo da história do cinema. O mistério de uma trama calha ao da exploração científica de territórios desconhecidos — e é uma deixa para exibir efeitos visuais inéditos. O longa-metragem “Ad astra”, dirigido pelo americano James Gray (de “Z: A Cidade Perdida”, de 2017), reúne esses elementos para contar a aventura de um oficial da Nasa, o major Roy McBride (Brad Pitt), para reencontrar o pai, que se extraviou em uma estranha missão espacial lunar 30 anos antes. Como um anti-herói de filme policial, McBride (personificado por um Brad Pitt rotineiro, com expressões faciais rígidas como que saídas de uma HQ) se joga em perseguições a bordo jipes em corridas vertiginosas por crateras, vales e montanhas da Lua. Mas o satélite não se mostra tão inóspito como antigamente. No futuro próximo, a Lua conta com serviços de correio, bufê e transporte privado. A missão de McBride, aliás, pode parecer oficial, mas se revela pessoal e angustiante: trata-se de resgatar a figura paterna perdida — e, com isso, restaurar a própria identidade. Em cartaz.

Emoções no espaço

Gravidade (2013)
A tensa relação de dois cosmonautas (Sandra Bullock e George Clooney ) à deriva rendeu um Oscar ao diretor Alfonso Cuarón

Reprodução

Alien (1979-2017)
Saga de terror que descreve o relacionamento íntimo entre invasores de corpos alienígenas e tripulações lideradas por Sigourney Weaver

Interestelar (2014)
Casais se amam e se odeiam em uma aventura através de um buraco negro com um objetivo, talvez impossível: salvar a humanidade