A Anglo American avançou em seu programa de reestruturação ao concluir a venda da fatia remanescente de 19,9% na sul-africana Valterra Platinum, operação que movimentou cerca de US$ 2,4 bilhões. Com a transação, a mineradora reduziu sua dívida líquida em 23%, de US$ 10,8 bilhões para US$ 8,3 bilhões, e melhorou a alavancagem, com a relação dívida líquida/Ebitda recuando de 1,7 vez para 1,3 vez.
Segundo analistas, a colocação foi considerada eficiente, apesar do desconto de 8,6%, já que foi feita em bloco único e em um momento favorável, com as ações da Valterra acumulando valorização de 30% desde a cisão em junho. A própria Valterra projeta otimização de R$ 1 bilhão anuais a partir de 2026, reforçando sua independência estratégica após a saída definitiva da antiga controladora.
A Anglo, por sua vez, segue avaliando novas desmobilizações, incluindo ativos de diamantes (De Beers), carvão siderúrgico, níquel e participação no projeto Woodsmith, que juntos poderiam reduzir a dívida líquida para cerca de US$ 3 bilhões. No Brasil, a venda do negócio de níquel para a MMG, da estatal chinesa CMC, está sob análise do Cade, após contestação da CoreX Holding, que apresentou proposta maior.
Com informações de Notícias de Mineração Brasil.