NOVA YORK, 3 JUN (ANSA) – Por Alessandra Baldini – Uma festa de aniversário, embora não exatamente na data marcada, com seus seis filhos no Camboja: este é o desejo nada secreto de Angelina Jolie, que completará 50 anos no próximo dia 4 de junho.
A ex-Lara Croft, Maria Callas em “Maria”, ex-embaixadora da Boa Vontade do Acnur e agora empreendedora da moda que trabalha com designers migrantes, prepara-se relutantemente para um novo capítulo em sua vida, compilando uma lista das 50 coisas que detesta nesta festividade, começando pelo ex-marido Brad Pitt.
Segundo fontes próximas, Angelina, “pela primeira vez”, concordou em ser homenageada: “Ela odeia ser o centro das atenções, mas deu sinal verde aos filhos para organizarem algo”, que incluiria suas amigas Selma Hayek e Ellen Pompeo entre os convidados.
Enquanto isso, em seus primeiros 49 anos, Angelina Jolie se esforçou ao máximo, começando pelos filhos: Maddox, de 23 anos, Pax, de 21, Zahara, de 20, Shiloh, de 19, e os gêmeos Knox e Vivienne, de 16 anos, filhos de Brad, de quem se divorciou recentemente após uma longa batalha judicial que também incluiu uma disputa sobre o destino do Château Miraval, a vinícola no sul da França que compraram juntos em 2018 por US$ 60 milhões.
Mãe, mas também mentora: após 14 anos de ausência, Jolie retornou a Cannes e, em 16 de maio, foi a “madrinha” que entregou o prestigioso Trophée Chopard a duas jovens estrelas: a francesa Marie Colmbe e o britânico Finn Bennett.
Há também o novo Atelier Jolie, o espaço e centro cultural que ela inaugurou há dois anos em Noho, no local onde Jean Michel Basquiat havia alugado um estúdio de Andy Warhol.
A moda, e a moda sustentável em particular, está na mente da superestrela que foi vista em Paris filmando seu último filme, “Couture”, no final de 2024. Seu próximo filme será com a “it girl” do momento, a britânica Aimee Lou Wood, de White Lotus.
Enquanto isso, porém, algo preocupa Angelina. “Tenho que ficar em Los Angeles por causa do divórcio, mas assim que os gêmeos fizerem 18 anos, vou embora”, confessou a atriz, que passará muito tempo no Camboja, país do qual é cidadã honorária e que despertou sua vocação humanitária ao adotar Maddox.
Por trás do aniversário, esconde-se o pesadelo da genética: a mãe de Angelina, Marcheline Bertrand, morreu de câncer em 2007, aos 56 anos, e isso levou a atriz a fazer exames e descobrir que era portadora do gene BRCA1, que aumenta drasticamente o risco de desenvolver câncer de mama (87%) e de ovário (50%).
Decisões preventivas radicais se seguiram. Em 2013, a diva passou por uma mastectomia dupla e, dois anos depois, teve seus ovários e trompas de Falópio removidos. Angelina relatou essas experiências em dois artigos no jornal “New York Times” para conscientizar o público sobre a importância da prevenção e da genética na luta contra o câncer. (ANSA).