São Paulo, 19 – O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) agendou reunião com os delegados sindicais nos 27 Estados, na próxima sexta-feira, 22, para definir as próximas ações pela reestruturação da carreira. O segmento manifestou-se contrário ao anúncio do reajuste de 5% para os servidores públicos federais, feito pelo governo.

Conforme comunicado do sindicato, antes de se decidir pela retomada da operação-padrão, que foi reduzida no mês passado (março), os auditores fiscais federais agropecuários (Affas) vão acompanhar o desenrolar dos fatos nesta semana.

A operação-padrão consiste em cumprir os prazos regimentais de trabalho, assim como o cumprimento restrito da jornada de trabalho de oito horas diárias, sem turnos extras não compensados ou remunerados, e sem almoços estendidos de três horas, que obriguem os Affas a permanecerem mais tempo no ambiente de trabalho, como tem ocorrido.

Para o Anffa, a defasagem de 1.620 affas vem sendo compensada, em parte, por extensão de jornadas de trabalho (sem pagamentos de horas-extras) e descontinuidade de atividades, em prioridade a outras.

Além disso, informa que em cinco anos sem qualquer reajuste salarial, a carreira nunca recebeu sequer correção de perdas inflacionárias, enquanto outras carreiras de auditoria e fiscalização tiveram vencimentos corrigidos em 2018 e em 2019.

O Sindicato destaca, ainda, que em 2000 eram 4.040 Affas em atividade, quando o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária não alcançava R$ 500 bilhões. Hoje, são pouco mais que 2.530 affas, com VBP agropecuária estimado em R$ 1,2 trilhão, em 2022.