A direção da Anfavea, entidade que representa as montadoras, demonstrou cautela sobre a prorrogação dos incentivos, que vencem daqui um mês, às vendas de caminhões e ônibus. Nesta terça-feira, 5, na apresentação dos resultados do setor em agosto, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que as montadoras, analisando a agenda do Congresso, estão trabalhando com a possibilidade de o Legislativo não votar a tempo a medida provisória que liberou descontos, via crédito tributário, de R$ 33 mil a R$ 99,6 mil na troca de caminhões e ônibus com mais de 20 anos de uso por outro zero quilômetro.

A medida vale até 3 de outubro e, conforme conta divulgada pela Anfavea, cerca de R$ 700 milhões em bônus para renovação desses veículos comerciais ainda não foram usados. Até agora, após três meses do lançamento do estímulo, em torno de 400 caminhões foram vendidos pelo programa.

Há duas semanas, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, prometeu que solicitaria a prorrogação, por mais quatro meses, do incentivo. Porém, conforme relato feito por Leite da conversa com o vice-presidente sobre o tema no domingo, Alckmin reconheceu a agenda apertada do Congresso.