Preso em flagrante por estuprar uma mulher na sala de parto durante uma cesariana, o médico Giovanni Quintella Bezerra é réu em um processo por erro médico e indenização por danos morais. As informações são do G1.


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O processo é movido por uma paciente que teve dois diagnósticos errados, um deles sendo de Giovanni, até ser atendida no Hospital de Irajá, no Rio de Janeiro, e ser informada que estava com H1N1 (gripe suína). Em decorrência da doença, a mulher perdeu o dedão do pé direito e chegou a passar 23 dias em coma.

Bezerra responde ao processo por erro médico junto com o Hospital Mario Lioni e outros três profissionais. Ele não apresentou defesa nos autos do processo. “Nós requeremos que ele seja condenado e sejam aplicados os efeitos da revelia ante a falta de defesa”, disse a advogada Rafaela Poell, que entrou com a ação indenizatória.

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Diagnósticos equivocados

O caso ocorreu em julho de 2018. Na época, o primeiro atendimento foi realizado no Hospital Mario Lioni, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Na ocasião, a mulher chegou à unidade de saúde com “delírios, calafrios, dificuldade na respiração, com falta de ar, tossindo muito e tontura”. O primeiro diagnóstico passado à paciente foi de infecção urinária. 

Mesmo medicada, a mulher não melhorou. Ela retornou ao mesmo hospital, onde foi atendida por Giovanni. O processo informou que Bezerra reforçou o diagnóstico de infecção e disse que a paciente estaria com “ansiedade, e que seu estado físico estava bem”.

Os sintomas da paciente foram piorando e a mulher passou a sentir “fortes dores de cabeça, dores nas costas, tosse com sangue e intensa falta de ar e dor no pulmão”.

Ao consultar um terceiro profissional de saúde, um cardiologista, o quadro da vítima piorou: “enorme falta de ar, chegou a ter sua visão afetada, em virtude da falta de oxigenação para a córnea, causando cegueira momentânea, tossindo catarro com sangue, de espessura grossa e de grande volume, afetando seu raciocínio, mobilidade motora, pressão elevada, dormência e desorientação no tempo e espaço”.

Na quarta vez em unidade de saúde, desta vez no Hospital de Irajá, a mulher foi informada de que estava com uma pneumonia severa, com apenas 25% dos pulmões em funcionamento. Devido a uma trombose por falta de fluxo sanguíneo, a paciente diagnosticada como portadora do vírus H1N1 ficou em coma por 23 dias.

Sequelas deixadas

Uma das sequelas deixadas na paciente foi a perda do polegar do pé direito. A vítima também teve o nervo do joelho direito afetado e o tendão de Aquiles precisou ser reconstruído. A mulher ainda perdeu muito cabelo, teve distrofia muscular e perda de memória antiga.

Segundo o Hospital Mário Lioni, o processo não possui qualquer relação com as acusações recentes contra Giovanni. “Adicionalmente, a instituição informa que apresentou sua defesa à 5ª Vara Cível, em janeiro de 2020, dentro do prazo legal. Vale destacar que o processo se encontra ainda em fase inicial de apuração, pois os profissionais autônomos citados ainda não apresentaram as suas respectivas defesa”, informou.


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