A trilha de acesso ao vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, onde a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, despencou na madrugada de sábado, 21, no horário local — ainda sexta-feira, 20, no Brasil, é considerada uma das mais difíceis do país.
O vulcão fica na região conhecida como “Anel de Fogo”, por estar na linha de terremotos e erupções vulcânicas frequentes que circunda praticamente toda a orla do Pacífico. Com 3.726 metros de altura, o vulcão Rinjani é o segundo mais alto da Indonésia e muito popular entre turistas para fazer excursões de até três dias para chegar até o cume da montanha, onde há um lago na sua caldeira.
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A caldeira, de 6 por 8,5 milhas, fica parcialmente coberta pelo lago, a cerca de 2 mil metros acima do nível do mar, conhecida como Segara Anak ou Anak Laut (Filho do Mar). A montanha é considerada sagrada pelo população local, e o Monte Rinjani foi reconhecido pela Unesco como um Geoparque Global, em 2018.
O Mochilão a Dois, um blog de viagens, afirmou que o local é considerado difícil de escalar porque tem muitas subidas — mais de 2,6 quilômetros montanha acima. O percurso pela trilha pode ser divida em: dois dias e uma noite; três dias e duas noites; e quatro dias e três noites.
Lombok está localizado nas Ilhas Menores da Sonda, um arquipélago composto por BaliSumbawa, Flores, Sumba e Timor. Já Lombok e Sumbawa, especificamente, ficam na parte central do Arco de Sunda, terreno onde ficam alguns dos vulcões considerados os mais perigosos do mundo. Na questão de altura, Rinjani perde apenas para o vapor de Kerinci, em Sumatra.
Rinjani é monitorado constantemente pelas autoridades locais. Em 2016, expulso cinzas que forçaram o fechamento do espaço aéreo da região. No ano de 2018, mais de 680 pessoas ficaram isoladas na montanha após um terremoto de magnitude 6,4 da escala Richter e precisaram ser resgatadas por especialistas em terra e profissionais com helicópteros.