SÃO PAULO (Reuters) – A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu nesta terça-feira abrir uma consulta pública para atualizar as faixas de acionamento das bandeiras tarifárias para 2022, bem como os valores que elas adicionam à conta de luz, o que poderá resultar em cobrança extra maior para os consumidores.

Mas diretores da Aneel ressaltaram nesta terça-feira em reunião que uma revisão dos valores das bandeiras não deve ter impacto nas contas de luz em 2022, já que há grande probabilidade de permanência de bandeira verde (sem cobrança adicional na conta) até dezembro.

Pela proposta colocada em discussão, haveria aumento dos adicionais associados às bandeiras amarela e vermelha 1 em 2022 em relação aos valores atualmente vigentes.

A bandeira amarela passaria a ter um adicional de 29,27 reais por megawatt-hora (MWh) –ante os 18,74 reais por MWh atuais–, o que implica elevação de cerca de 5% da tarifa média residencial.

Já o adicional da bandeira vermelha 1 seria de 62,37 reais por MWh –ante os 39,71 reais por MWh atuais–, o que implica elevação próxima a 10% da tarifa residencial.

Esses aumentos propostos são motivados principalmente pela elevação do custo do despacho térmico em razão da alta do custo dos combustíveis e pela correção monetária pelo IPCA, além da inclusão na série histórica dos dados do ano passado, quando o país enfrentou uma crise hídrica.

A Aneel também estimou uma redução do adicional da bandeira vermelha 2, para 93,3 reais por MWh (ante 94,92 reais por MWh). O valor representaria um aumento de 15% ante a tarifa residencial média vigente.

Já a bandeira verde seguiria sem adicional nas tarifas.

A consulta pública fica aberta para contribuições entre 14 de abril e 4 de maio.

(Por Letícia Fucuchima)

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