A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou nesta terça-feira, 26, a alteração do cronograma da usina térmica a biogás da Raízen Geo Biogás, joint venture da Raízen com a Geo Energética. O entendimento do colegiado foi de que os motivos apresentados pela empresa não justificam a isenção da responsabilidade pelo atraso das obras.

Segundo a empresa, dificuldades técnicas no desenvolvimento e aplicação da tecnologia de biodigestão na produção de energia e impactos da pandemia do novo coronavírus na importação de produtos e serviços impossibilitaram o início do funcionamento de uma das seis unidades geradoras da usina. A previsão é que o fornecimento desta unidade comece em abril.

No pedido, a empresa ainda diz que o atraso não interfere no fornecimento da energia contratada em leilão. Isso porque seriam necessárias apenas duas unidades geradoras para cumprir o contrato, sendo que a usina já tem seis unidades em operação comercial.

A área técnica da Aneel entendeu, no entanto, que os riscos associados a questões técnicas são de exclusiva responsabilidade do empreendedor. Já sobre possíveis impactos da pandemia, os técnicos ressaltaram que a Aneel tem reconhecido impactos financeiros e logísticos da pandemia, mas que não se aplicam a este caso.

A montagem eletromecânica das unidades geradoras estava prevista para ocorrer entre 1º de junho de 2017 e 1º de dezembro de 2019, ou seja, fora do período da pandemia. “Ressalta-se que o início da montagem eletromecânica ocorreu somente, conforme o relatório de acompanhamento da implantação e de acordo com a própria declaração do agente, em abril de 2019.”

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