05/04/2018 - 17:13
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, explicou nesta quinta-feira o motivo de ter alterado a data do treinamento aberto na Arena Corinthians para esta sexta, às 20 horas. Segundo o dirigente, ele decidiu recuar da decisão de manter a atividade no sábado de manhã porque a disputa iria terminar na Justiça e o clube ficaria sem ter contato com a sua torcida. Além disso, ele afirmou que uma das partes não queria que os treinos fossem abertos, dando a entender que se referia ao Palmeiras.
“Tinha marcado uma reunião hoje (quinta-feira) na Federação (FPF) para falar dos treinos abertos. Chegando lá, não teve a reunião e decidi transferir o treino para amanhã (sexta), às 20 horas. Nosso torcedor tem que entender que esse incentivo é algo importante e me antecipei que mudaria, já que tinha a informação que a Promotoria ia entrar com ação judicial para não ter treino aberto, uma das partes queria que não tivesse. Então me antecipei e mudei o treino”, disse o dirigente, em entrevista coletiva realizada nesta quinta, no CT Joaquim Grava, em São Paulo.
Ao ser indagado se “uma das partes que não queria que tivesse treino aberto” ele estivesse se referindo ao Palmeiras, desconversou. “Entenda como quiser. Eu falei que uma das partes não queria que tivesse treino aberto, então me antecipei”, disparou.
O dirigente assegurou que os torcedores que trocaram alimentos por ingressos e não puderem ir ao treino desta sexta-feira podem pedir o ressarcimento ao clube. Visivelmente irritado, Andrés Sanchez ainda criticou os clássicos de torcida única e disse que as autoridades não estão interessadas em mudar a situação.
“Acho que tem que voltar torcida visitante, mas vai ser difícil. Quanto menos gente no estádio, menos problema eles vão ter. Uma hora vão chegar e falar: ‘cabe 40 mil? Libero 20 mil’. E assim vamos levando o futebol”, desabafou o presidente corintiano.
Andrés Sanchez também falou sobre a multa que o Corinthians recebeu de R$ 50 mil da FPF por causa dos sinalizadores utilizados por sua torcida nas arquibancadas, durante o primeiro jogo da decisão. O clube ainda foi advertido pela entidade que gerencia o futebol paulista por causa das confusão ocorrida entre os jogadores durante a partida.
“A multa vamos recorrer. Tudo cai sobre o clube. Contratamos policiamento, segurança, tudo o que a lei exige, mas se acontece alguma coisa o clube é responsável. E achei um absurdo tomar advertência por briga de atletas. Se amanhã o árbitro errar, vou mandar advertência para a FPF? É o futebol de hoje”, reclamou o presidente.