Após o primeiro treino com os jogadores convocados para os dois amistosos que acontecem nos Estados Unidos, os estreantes Richarlison e Andreas Pereira participaram de entrevista coletiva no estádio Red Bull. Às vésperas dos confrontos contra os donos da casa e El Salvador, eles comentaram sobre o novo momento dentro da seleção e lembraram da eliminação do Brasil nas quartas de final da Copa da Rússia.

“Eu sempre quis defender o meu País, o Brasil, e na época estava machucado, me tratando na Bélgica”, lembrou Andreas, que nasceu em território belga e hoje joga no Manchester United. “Foi dolorido assistir na Bélgica a Bélgica ganhar. Aquele momento foi difícil, mas agora temos de erguer a cabeça e olhar para frente. Estamos pensando nessa convocação para nos prepararmos para a Copa América.”

Richarlison, que hoje joga no Everton, reconheceu que a derrota para a Bélgica “doeu”, mas se mostrou esperançoso com a nova fase da seleção. “Hoje fizemos um belo treino em que todos estavam brincando. Agora é seguir forte porque mais para frente tem a Copa América e espero que a seleção seja campeã.”

Durante a coletiva, os estreantes comentaram brevemente sobre as peculiaridades do futebol inglês, que, segundo eles, exige muito preparo físico e velocidade dos jogadores. Ambos jogam em times ingleses e se mostraram tranquilos no novo momento com o uniforme verde e amarelo.

“Estar vestindo a camisa da seleção é sempre uma honra e muita responsabilidade, por isso pressão sempre vai ter. Só quero jogar meu futebol”, afirmou Richarlison. O jogador foi convocado para substituir Pedro, do Fluminense, que machucou o joelho e ficou de fora dos amistosos que acontecem nos Estados Unidos.

“Quando chegou a convocação para o Pedro, eu liguei para parabenizá-lo. Estava assistindo ao jogo quando ele se lesionou e assim que saiu a notícia que ele machucou o joelho, o coração até doeu um pouco, porque ele lutou para chegar nesse momento e é um cara para quem eu torço bastante. Tenho certeza que em breve ele vai estar aqui com a gente”, disse Richarlison.

Antes do fim da entrevista, Andreas comentou sobre sua evolução dentro da seleção, desde os tempos de base, e disse que espera mostrar em campo que está mais preparado. “Como joguei a Copa do Mundo Sub-20, tive sorte, porque tenho uma base pela seleção. Para se manter no maior nível do futebol em quatro anos, é muito difícil, tem que ir bem no clube. Só os melhores aguentam ficar quatro anos nesse ciclo.”

Os dois amistosos que acontecem nos EUA fazem parte das seis partidas que a seleção brasileira disputa ainda este ano e marcam a continuação do técnico Tite no comando da equipe após a derrota na Copa da Rússia.

A primeira partida do Brasil será contra os donos da casa nesta sexta-feira, às 20h05 (horário local, 21h05 de Brasília) em New Jersey. Quatro dias mais tarde, o Brasil enfrenta a seleção de El Salvador, em Washington.