Dramática e frustrante. Foi assim a eliminação do Corinthians, nesta quarta-feira à noite, no Itaquerão. Quando Marquinhos Gabriel empatou o jogo contra o Nacional, aos 48 minutos do segundo, cobrando pênalti, o torcedor lembrou do pênalti desperdiçado por André. O 2 a 2 classificou a equipe uruguaia às quartas de final, após empate por 0 a 0 no duelo de ida, tendo em vista o maior peso dos gols fora de casa.

Os cinco minutos de acréscimos foram uma agonia aos mais de 43 mil torcedores que foram à arena, que teve nova quebra de recorde de público em jogos do Corinthians. Quem fez a festa, porém, foram os pouco mais de 700 uruguaios.

O Corinthians colecionou mais uma eliminação em Itaquera, a quinta em um ano. E pela segunda vez consecutiva, o time de Tite cai nas oitavas de final da Libertadores. Em 2015, o vilão foi o Guaraní, do Paraguai. Desta vez, foi o Nacional, do Uruguai, que ganhou o jogo por 2 a 1 e garantiu a vaga às quartas de final.

O jogo começou tenso, nas arquibancadas e no campo. Antes do apito inicial, a fumaça tomou conta do Itaquerão por causa do uso de sinalizadores no setor Norte. Houve torcedores que reprovaram e vaiaram a ala das organizadas.

O árbitro Nestor Pitana atrasou a partida em seis minutos e quando a bola rolou o Nacional começou com tudo: abriu o placar logo aos cinco minutos, com Nico López, que aproveitou falha na marcação de Uendel e Felipe. Silêncio e preocupação na arena.

O Corinthians não se apavorou. Foi frio como Tite pediu. Tocou a bola e foi ao ataque mesmo diante da linha defensiva uruguaia: o Nacional marcava bem, sem, contudo, apelar à retranca. O caminho era abrir o jogo. E Giovanni Augusto e Fagner pavimentaram o empate. Os dois tramaram boa tabela pelo lado direito, a bola cruzou à área e chegou até Lucca: 1 a 1.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

E o gol, marcado aos 14 minutos, foi fundamental para o Corinthians ‘voltar’ para o jogo e manter viva a chance de classificação. A partida ganhou em emoção. Se Lucca desperdiçou a virada antes do intervalo, Cássio também fez milagre e evitou o segundo dos uruguaios.

Um lance polêmico no fim do primeiro tempo acirrou os ânimos dos jogadores. Nico López, caído no campo, se recuperou e aproveitou um passe errado do Corinthians e quase fez.

Jogadores do Corinthians reclamaram da falta de fair play e a confusão foi até os vestiários. André levou um empurrou quando concedia entrevista e Cássio interveio.

O segundo tempo começou com o Corinthians buscando o gol, mas o Nacional, no primeiro ataque, fez 2 a 1. Fernandéz teve liberdade, chutou de fora da área e Cássio deu rebote. Santiago Romero, livre de marcação, não perdoou: 2 a 1.

O Corinthians sentiu o baque e Tite já começou a mudar o time, dando gás novo, com Marquinhos Gabriel, que estreou nesta quarta, Romero e com a experiência de Danilo. Esta foi a última cartada, quando o técnico sacou o volante Bruno Henrique, abrindo mais o time.

O Corinthians sentiu o baque, apesar das mudanças feitas por Tite, e o pênalti perdido por André foi só o capítulo final na campanha na Libertadores nesta temporada. Ainda houve tempo para o empate em nova penalidade, desta vez cobrada por Marquinhos Gabriel aos 48. Para completar, Romero quase marcou após primoroso lançamento de Danilo, no ataque final dos corintianos. Foi a decepção final para a Fiel.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 2 X 2 NACIONAL-URU

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Bruno Henrique (Danilo), Elias e Giovanni Augusto (Marquinhos Gabriel); Rodriguinho, André e Lucca (Romero).

Técnico: Tite.

NACIONAL-URU – Conde; Fucile, Victorino, Polenta e Espino; Gonzalo Porras (Eguren), Romero, Barcia (Tabó) e Ramírez; Nico Lopez e Fernández (Carballo). Técnico: Gustavo Munua.


ÁRBITRO – Néstor Pitana (ARG).

GOLS – Nico López, aos 5, e Lucca, aos 14 minutos do primeiro tempo. Santiago Romero, aos 11, e Marquinhos Gabriel (pênalti), aos 48 minutos do segundo.

CARTÕES AMARELOS – Ramírez, Felipe e Santiago Romero, Gonzalo Porras, Polenta e Eguren.

CARTÃO VERMELHO – Fagner.

PÚBLICO – 43.908 pagantes.

RENDA – R$ 2.888.299,19.

LOCAL – Itaquerão, em São Paulo.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias