O ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça André Mendonça toma posse nesta quinta-feira (16) como novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), ocupando a cadeira do ex-ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho, ao completar 75 anos.

Mendonça é o segundo ministro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que já havia indicado Kassio Nunes Marques, empossado em novembro de 2020.

O ex-AGU foi indicado em julho deste ano, mas acabou sabatinado pelo Senado apenas no começo de dezembro, tendo sido aprovado por 47 votos a 32. Sua sabatina foi postergada por meses pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A cerimônia de posse de Mendonça está marcada para as 16h, com participação restrita de autoridades e convidados, por conta da pandemia de Covid-19, e terá a presença de Bolsonaro, que informou ao Supremo ter realizado um teste de Covid que deu negativo.

Mendonça, de 48 anos, é pós-graduado em direito pela Universidade de Brasília, mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade e doutor em estado de direito e governança global pela Universidade de Salamanca, na Espanha.

O novo ministro do STF também é pastor da igreja presbiteriana e foi indicado por Bolsonaro que cumpria uma promessa feita no início do seu mandato, de que indicaria um ministro “terrivelmente evangélico” para o Supremo.

Mendonça vai herdar mais de 900 processos que estavam sob relatoria de Marco Aurélio, entre eles um pedido de investigação da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sobre os cheques no valor total de R$ 89 mil depositados em sua conta por Fabrício Queiroz, ex-assessor da família Bolsonaro e apontado como operador do esquema das rachadinhas do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PL), hoje senador pelo Rio de Janeiro.