O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, Anderson Torres, prestou depoimento à Policia Federal, em Brasília (DF), na tarde desta segunda-feira (8) – que está sob sigilo. Torres chegou à sede da PF pouco depois das 13h30, já que sua oitiva estava marcada para 14h30. O depoimento durou cerca de 2 horas e a defesa afirmou que ele abriu mão do silêncio e respondeu a todas as perguntas, segundo divulgado pela CNN.

O inquérito apura uma interferência da Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno das eleições de 2022. A suspeita é de que a PRF tenha dificultado o acesso de ônibus de eleitores, principalmente na região Nordeste.

Possível interferência da PRF

Vale ressaltar que o ministério comandado por Torres, à época, que tinha a PRF como subordinada, pode ter agido para que a corporação intensificasse a “fiscalização” em rodovias da região, onde Lula era favorito.

Depoimento tinha sido adiado

A PF tinha como objetivo ouvir o ex-ministro no dia 24 de abril, no entanto o depoimento foi adiado para esta segunda-feira a pedido da defesa, que alegou que Torres não estava em bom estado de saúde.

Torres preso

Torres está preso desde janeiro deste ano, no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF. O motivo? Suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.