Por Mateus Machado

Neste sábado (31), na luta principal do UFC Vegas 12, em Las Vegas (EUA), Anderson Silva deverá fazer a última luta de sua trajetória no Ultimate e, dependendo dos seus próximos planos, até mesmo uma despedida do MMA. Vindo de duas derrotas consecutivas, o brasileiro vai encarar Uriah Hall, e os fãs do “Spider” poderão ver o “último ato” do ex-campeão peso-médio dentro da maior organização de MMA do mundo.

Fazendo parte do plantel do UFC desde 2006, o experiente lutador, atualmente com 45 anos, ostentou o cinturão da divisão até 84kg por sete anos e, ao longo de sua trajetória, fez lutas marcantes. Anderson foi responsável por aplicar nocautes e finalizações memoráveis diante de nomes como Vitor Belfort, Chael Sonnen, Stephan Bonnar, Yushin Okami, Forrest Griffin, Dan Henderson, Rich Franklin, entre outros.

Em conversa com jornalistas nesta semana, Anderson Silva foi perguntado sobre as lutas mais marcantes da sua carreira. O brasileiro respondeu que, para os fãs, a primeira vitória diante de Chael Sonnen, em 2010, por finalização no quinto round – após perder por praticamente todo o tempo de luta – é a mais especial. No entanto, na sua opinião, o triunfo sobre Hayato Sakurai, em 2001, por decisão unânime dos jurados, está entre os favoritos, tendo em vista que foi seu primeiro cinturão conquistado, no evento japonês Shooto.

– São muitas lutas, muitas incríveis, mas acredito que a luta contra o Chael Sonnen, a primeira, ficou mais marcada para os fãs brasileiros. Para mim, a que mais me marcou, de verdade, foi meu primeiro título mundial, no Japão, com o Hayato Sakurai. Foi a luta que mais marcou minha vida, minha carreira. Foi a primeira vez representando meu país, lutando fora do Brasil, ganhando meu primeiro cinturão. No UFC, a primeira luta contra o Rich Franklin foi muito especial também – relembrou o ex-campeão dos médios.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Antes do acerto para enfrentar Uriah Hall, o Spider flertou com outros dois adversários de peso no UFC: Anthony Pettis, ex-campeão peso-leve da organização, e o irlandês Conor McGregor, que já chegou a ostentar de forma simultânea os cinturões peso-pena e leve do Ultimate. Questionado sobre os motivos que fizeram os confrontos não ocorrerem, o brasileiro citou que a luta contra Pettis não rolou por uma questão de preferência da companhia americana por Hall, enquanto com McGregor, Anderson chegou a iniciar o processo de perda de peso, mas logo depois, Conor anunciou sua aposentadoria do MMA.

– O Anthony Pettis se pronunciou em relação a subir de peso e a lutar comigo. Como na época não tinha nenhuma luta em vista, nada certo, era uma coisa que a gente estava flertando, mas acabou dando certo a luta com o Uriah Hall, meus empresários, junto com o Dana White, acertaram esse combate contra o Uriah, que era uma luta que já era pra ter acontecido. Sobre a superluta contra o Conor McGregor, foi uma coisa que ele propôs de início, falou nas redes sociais que gostaria de lutar comigo, eu aceitei lutar contra ele, já estava treinando, então foi só começar a diminuir o peso. Mas não sei o que aconteceu exatamente, a negociação não andou, não foi para frente e ele disse logo depois que estava se aposentando – concluiu.

CARD COMPLETO:

UFC Fight Night 181
UFC Apex, em Las Vegas (EUA)
Sábado, 31 de outubro de 2020

Card principal (20h, horário de Brasília)
Peso-médio: Uriah Hall x Anderson Silva
Peso-pena: Bryce Mitchell x Andre Fili
Peso-médio: Kevin Holland x Charlie Ontiveros
Peso-pesado: Maurice Greene x Greg Hardy
Peso-leve: Bobby Green x Thiago Moisés

Card preliminar (17h, horário de Brasília)
Peso-leve: Chris Gruetzemacher x Alexander Hernandez
Peso-galo: Adrian Yanez x Victor Rodriguez
Peso-médio: Sean Strickland x Jack Marshman
Peso-meio-médio: Cole Williams x Jason Witt
Peso-meio-pesado: Dustin Jacoby x Justin Ledet
Peso-galo: Miles Johns x Kevin Natividad


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias