A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) cortou de 1,6% para 1,5% a previsão ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Esse é o terceiro corte nas previsões feitas pelo Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Anbima, composto por 25 economistas de instituições associadas e que começou o ano prevendo crescimento de 3% da economia brasileira. As outras duas revisões aconteceram em maio e em junho.

“A economia brasileira continua apresentando baixo dinamismo e grande ociosidade. Além disso, enxergamos poucos fatores que podem estimular uma recuperação no curto prazo”, disse o presidente do comitê, Marcelo Carvalho. “As melhoras na construção civil e no mercado de trabalho não mostraram continuidade, o que nos fez ajustar para baixo a previsão de crescimento deste ano”, acrescentou o economista.

A expectativa dos economistas da Anbima é que a taxa básica de juros (Selic) fique estacionada em 6,5% até o fim deste ano. Para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina amanhã, há unanimidade no mercado de que a taxa seguirá inalterada em 6,5% ao ano.

Dentro do comitê da Anbima, há, contudo, economistas que projetem a Selic em 8,5% até o fim do ano, o que indica diferenças nas percepções sobre a trajetória dos juros após o período eleitoral.

As previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiram de 3,9% para 4%, ao passo que a projeção média para a cotação do dólar no fim 2018 subiu de R$ 3,63, da reunião do mês passado, para R$ 3,68. Caso a expectativa se concretize, haverá desvalorização de 11,1% da moeda doméstica no ano.