15/01/2024 - 10:40
Os analistas de mercado ouvidos mensalmente pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projetam que o governo entregará um resultado primário com déficit de R$ 86,143 bilhões em 2024. No documento anterior, de dezembro, a estimativa era de rombo de R$ 90,0 bilhões. Os dados constam do boletim Prisma Fiscal de janeiro, divulgado nesta segunda-feira, 15.
O governo pretende zerar o déficit neste ano com o novo arcabouço fiscal, aprovado no ano passado.
A Lei Orçamentária Anual de 2024 prevê um pequeno superávit de R$ 2,8 bilhões neste ano, dentro do resultado neutro almejado.
Para 2025, a expectativa do mercado é de déficit de R$ 82,759 bilhões – no mês anterior, a projeção era de rombo de R$ 78,149 bilhões. O arcabouço fiscal coloca como meta um superávit equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.
Um dos objetivos da nova regra fiscal é perseguir superávits primários, partindo de um resultado neutro em 2024. A proposta substituiu o teto de gastos, com regras mais flexíveis para as despesas do governo. Os gastos só poderão crescer em até 70% do aumento da receita, dentro do intervalo de 0,6% a 2,5% acima da inflação.
O Prisma deste mês revisou levemente para baixo as previsões do mercado para as receitas federais em 2024, com a estimativa passando de R$ 2,534 trilhões para R$ 2,533 trilhões. Para 2025 a projeção para a arrecadação passou de R$ 2,684 trilhões para R$ 2,689 trilhões.
A estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano passou de R$ 2,077 trilhões para R$ 2,083 trilhões, enquanto para o próximo ano variou de R$ 2,211 trilhões para R$ 2,214 trilhões.
Pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano passou de R$ 2,167 trilhões para R$ 2,174 trilhões. Para 2025, a estimativa subiu de R$ 2,211 trilhões para R$ 2,214 trilhões.
A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral em 2024 passou de 78,80% do PIB no mês anterior para 78,10% do PIB no relatório divulgado nesta segunda-feira. Para 2025, a estimativa foi revisada de 81,20% para 80,10%, na mesma comparação.