Uma análise genética feita por uma equipe estrangeira de pesquisadores revelou um resultado surpreendente sobre as múmias da Bacia de Tarim, na China, contrariando a teoria de que elas estavam relacionadas a imigrantes de língua indo-europeia. A informação é da revista científica britânica Nature.

Por terem uma aparência física incomum, alguns estudiosos acreditavam que as múmias fossem descendentes de uma sociedade da Idade do Bronze altamente móvel das estepes da região do Mar Negro, no sul da Rússia, enquanto outros acreditavam que a origem das múmias misteriosas eram as culturas de oásis do deserto da Ásia Central do Complexo Arqueológico Bactria-Margiana.

Porém, a análise genética feita recentemente revelou que, na verdade, as múmias da Bacia de Tarim, que datam de cerca de 2.000 a.C. a 200 d.C, são descendentes diretos de uma população local chamada Antigos Eurasianos do Norte, a qual desapareceu no final da última Idade do Gelo.

Atualmente, essa população sobrevive apenas uma fração dos genomas das populações, que podem ser encontradas em indígenas na Sibéria e nas Américas.