O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, informou nesta tarde que até quarta-feira sai o resultado da análise das águas do Rio Paraopeba, que corta a região atingida pelo rompimento de barragem da Vale no município de Brumadinho (MG). A análise será feita de amostras colhidas em 47 pontos de captação ao longo do curso do rio, que abastece uma mancha urbana de cerca de 3 milhões de pessoas. O abastecimento de água na Grande Belo Horizonte está sendo feito por outros reservatórios.

Em entrevia coletiva, Canuto disse que a onda de lama que desce pelo município e rios está em movimento lento, de cerca de 1 quilômetro por hora, e deve perder mais impacto com a chegada ao reservatório de Retiro Baixo. A preocupação ainda é com as águas do Rio São Francisco, mas, segundo o ministro, a probabilidade é de que os resíduos cheguem com menos impacto no reservatório da Hidrelétrica de Três Marias, que fica a 20 quilômetros de Retiro Baixo.

Segundo o ministro, a estimativa é que a onda de rejeitos chegue em Retiro Baixo entre os dias 4 e 6 de fevereiro.

Canuto disse que o acionamento de sirene hoje cedo em Brumadinho, que deixou a população assustada, foi necessário por causa do aumento do volume de água na barragem 6, decorrente de chuva e sedimentos da barragem 1, esta rompida na sexta-feira. “As sirenes foram acionadas por uma questão de cautela”, disse o ministro. Ele também informou que o dreno do fundo da estrutura, para compensar o aumento adicional de água, foi comprometido com o rompimento da primeira barragem.

No final da coletiva, o ministro afirmou que o governo federal tem recursos disponíveis para atender a demandas de emergência do Governo de Minas Gerais. No entanto, as equipes ainda não têm o cálculo dos valores que serão repassados.

A entrevista do ministro Canuto foi concedida logo depois de reunião com técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) nesta manhã em Brasília.

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