Ana Paula Padrão, Angélica e Tatiana Sadala: o poder feminino que marcou 2025

Coluna: Matheus Baldi

Mineiro, Matheus Baldi é jornalista e apresentador, com passagens por UOL, SBT, Record e Band. Com mais de 4 milhões de seguidores nas redes sociais, já ultrapassou os 2 bilhões de visualizações em seus vídeos na internet. Diariamente, Matheus compartilha sua visão apurada e informações exclusivas sobre os bastidores do show business.

Ana Paula Padrão, Angélica e Tatiana Sadala: o poder feminino que marcou 2025

Coluna Matheus Baldi revela como essas três mulheres transformaram trajetórias individuais em ação coletiva

Reprodução/Redes Sociais
Ana Paula Padrão, Angélica e Tatiana Sadala: o poder feminino que marcou 2025 Foto: Reprodução/Redes Sociais

2025 foi um ano marcado por ações profundamente simbólicas protagonizadas por mulheres influentes, que deram passos concretos na abertura de caminhos de crescimento para outras mulheres.

A Coluna Matheus Baldi preparou uma reportagem especial que destaca a relevância do trabalho desenvolvido, em diferentes frentes, por figuras femininas de sucesso.

Ana Paula Padrão, Tatiana Sadala e Angélica são personagens de destaque dessa jornada, que ganhou capítulos marcantes ao longo do ano.

Ana Paula Padrão: da televisão ao legado

Após mais de quatro décadas de atuação na comunicação, Ana Paula Padrão viveu, em 2025, uma virada que já vinha sendo desenhada nos bastidores. Ao deixar a apresentação do MasterChef Brasil, programa que comandou por dez anos, a jornalista decidiu concentrar sua energia em um projeto que traduz seu olhar de longo prazo: a Conquer Unna, empresa da qual é sócia-fundadora.

A proposta é direta e ambiciosa: transformar quase 40 anos de experiência em formação prática, conteúdo e oportunidades para mulheres que desejam crescer profissionalmente, empreender ou ocupar posições de liderança.

Em 2025, a Conquer Unna ampliou de forma consistente sua atuação. Foram realizados workshops e minicursos gratuitos sobre temas como autoconhecimento, liderança, posicionamento profissional, negociação, networking, carreira e maternidade, alcançando mulheres em diferentes fases da vida profissional. A presença digital também se fortaleceu, com conteúdos educativos e reflexivos que fugiram do tom motivacional superficial e apostaram em profundidade e aplicabilidade.

Tatiana Sadala: quando impacto social e resultado caminham juntos

Executiva, empreendedora, mentora e mãe, Tatiana Sadala construiu uma trajetória que une vivência corporativa de alto nível e impacto social mensurável.

Antes de empreender, acumulou mais de 15 anos de carreira em multinacionais como Coca-Cola e Johnson & Johnson. Reconhecida por sua performance, protagonizou um feito ainda raro no ambiente corporativo: foi promovida duas vezes durante a gravidez, experiência que moldou sua visão de que carreira e maternidade não são caminhos opostos, mas complementares.

O ponto de virada veio em 2020, quando, em meio ao isolamento social, conheceu Dhafyni Mendes Borges. Juntas, fundaram a Todas Group, lançada como uma plataforma digital de capacitação feminina. Em apenas um ano, o projeto já impactava 25 mil mulheres, oferecendo cursos, mentorias e encontros ao vivo.

O modelo se estruturou em dois pilares sólidos: assinaturas individuais e parcerias corporativas. Hoje, empresas como L’Oréal, Johnson & Johnson e TIM utilizam a plataforma para desenvolver suas colaboradoras e fortalecer políticas de diversidade, equidade e inclusão.

Em 2025, Tatiana elevou ainda mais o nível das ações. Um dos marcos foi a criação da vertical de imersões internacionais, em parceria com a StartSe, unindo liderança feminina e inteligência artificial. A primeira turma apresentou um índice de transformação de 97% e contou com professoras globais como Kim Farrel, vice-presidente global do TikTok, e Tiffany Vora, PhD em longevidade. O sucesso foi tamanho que a expansão para 2026 já está confirmada, incluindo a China.

Outro destaque foi o fortalecimento da presença internacional da Todas Group, com participação pelo terceiro ano consecutivo nos fóruns da ONU, incluindo uma atuação inédita em Genebra. Os números impressionam: mais de 70 empresas atendidas na América Latina, aumento de 41% no número de mulheres promovidas e crescimento de 50% na presença feminina em cargos de liderança.

Além disso, Tatiana integra o fundo Sororitê, único venture capital brasileiro com tese exclusiva em startups lideradas por mulheres. Em 2025, o fundo investiu em empresas de health tech, cybersecurity e prop tech, ampliando ainda mais o impacto estrutural de sua atuação.

Angélica: bem-estar como revolução cotidiana

Em um cenário no qual o discurso sobre autocuidado muitas vezes se dilui na superficialidade, Angélica consolidou, em 2025, um caminho oposto. À frente do Mina Bem-Estar, plataforma que cofundou com Alice Ferraz, a apresentadora ajudou a transformar a pauta da saúde mental feminina em um projeto estruturado, contínuo e socialmente relevante.

Criado como um hub de conteúdo, o Mina evoluiu para um ecossistema que reúne artigos, entrevistas, cursos e produtos, abordando temas como terapia, maternidade, sexualidade, relações, corpo e saúde emocional. Com um time diverso de colunistas, o projeto se firmou como espaço de escuta e troca, feito por mulheres e para mulheres.

A atuação de Angélica no Mina é também profundamente pessoal. Ao longo dos anos, ela passou a compartilhar publicamente sua própria jornada, incluindo experiências com síndrome do pânico, terapia e reflexões sobre corpo e sexualidade. Em 2025, esse posicionamento ganhou ainda mais força com sua participação ativa em debates públicos que conectam bem-estar, trabalho e maternidade.

Um dos momentos de maior visibilidade foi sua presença na Casa Clã 2025, evento promovido pelas revistas CLAUDIA e Boa Forma, onde reforçou a ideia de que autocuidado não é luxo, mas ferramenta de autonomia feminina. O diferencial do Mina Bem-Estar está justamente na coerência: Angélica não apenas empresta sua imagem ao projeto, mas atua como curadora, comunicadora e representante institucional, ajudando a consolidar o bem-estar como uma pauta social séria e necessária.

Em um ano marcado por debates intensos e necessários sobre equidade, liderança feminina e saúde mental, essas mulheres provaram que é possível transformar a trajetória individual em ação coletiva. Mais do que referências, consolidaram-se como agentes de mudança, contribuindo para a abertura de caminhos para que outras mulheres avancem com mais preparo, autonomia e coragem.