Apoiadora assídua dos governos Trump e Bolsonaro, a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel se tornou uma grande personagem nos últimos meses com seus comentários sobre política.

Nesta semana a ex-atleta olímpica reclamou da decisão do STF de prender o deputado bolsonarista Daniel Silveira após ameaças aos ministros da Corte. Para isso, ela utilizou a ação enviada por Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, à Câmara, contra o humorista Danilo Gentili, que, segundo Fux, tem relação com o inquérito de Silveira.

“Muitos fizeram vista grossa e até aplaudiram inquéritos e prisões fora das premissas institucionais e constitucionais quando aplicados a inimigos e desafetos. Mas o autoritarismo que fingiram não ver é implacável, ele vai bater na porta de todos. Absurdo”, opinou Ana Paula.

O que tem chamado a atenção, no entanto, foi a maneira como a ex-jogadora se comporta em suas redes sociais, mesmo após reclamações de suposta censura. Ao rebater os comentários do ex-jogador esportivo e agora comentarista esportivo Walter Casagrande, que a descreveu como “defensora de armas” e apoiadora de “tudo que há de ruim na sociedade”, Ana Paula bateu boca com alguns internautas que apoiaram Casagrande.

Em um tweet, compartilhado por ela mesma, um seguidor respondeu a publicação sobre Casagrande, afirmando que ela “sempre ficou calada, mas hoje grita pra esconder o monte de mortos devido à pandemia que o presidente apoiado por você [Bolsonaro], só fez ignorar”. Ele terminou o comentário dizendo que “assim está você na história: ignorada!”.

Ana Paula não gostou do comentário e fez uma ameaça ao internauta, afirmando que sua equipe entraria em contato com ele. Com medo, instantes depois, o homem apagou o tweet e a ex-jogadora voltou a ameaçá-lo: “Já já tá batendo papo em Uberlândia com algum representante meu. Seja educado como um bom mineiro e ofereça aquele café que a gente bebe só aí!”.

https://twitter.com/AnaPaulaVolei/status/1363994223268163589/photo/2

Ana Paula distorce informação sobre vacina
Em fevereiro deste ano, durante participação em um programa da Jovem Pan, a ex-jogadora afirmou que as vacinas contra covid-19 aplicadas nos Estados Unidos já causaram a morte de 501 pessoas e mais de 11 mil reações adversas. Para isso, ela utilizou do VAERS (Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas, na tradução), do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), agência do departamento de saúde dos EUA.

O problema é que, segundo informações do UOL, os dados são de uma plataforma na qual qualquer pessoa pode incluí-los e, neste caso, ainda sem investigação por parte dos órgãos responsáveis.

Ainda segundo a reportagem, no próprio site utilizado por ela é possível encontrar a seguinte informação: “Os dados do VAERS não podem ser usados para determinar as taxas de eventos adversos”. A afirmação está contida na parte de perguntas e respostas.