Mais um desdobramento do caso Ana Hickmann veio à tona nesta quarta-feira, 20. A apresentadora registrou uma notícia-crime contra o ex-marido, Alexandre Correa, na Delegacia Geral de Polícia de São Paulo, na última terça-feira, 19.

No registro, ela pede que o empresário seja investigado pelos crimes de falsidade documental, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato e crime contra a economia popular. A notícia foi inicialmente publicada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

Após a realização de uma perícia preliminar particular contratada pelos advogados de defesa de Ana Hickmann, surgiu a suspeita de que Alexandre opera uma associação criminosa e esquema de pirâmide.

O esquema descoberto pela perícia envolveria pessoas que trabalhavam nas empresas que Hickmann em sociedade com Alexandre, além de funcionários de um cartório e de um banco. Ainda de acordo com a colunista, a defesa da apresentadora diz que o empresário estaria se beneficiando de valores milionários, entre elas duas doações de R$ 200 milhões cada em que ele aparece como único beneficiário.

Segundo a colunista, a defesa de Alexandre afirma que não teve acesso à denúncia e que somente vai se manifestar após tomar conhecimento do conteúdo na íntegra. No decorrer das discussões em torno da separação de Ana e Alexandre Correa, o empresário já havia negado fraudes ou irregularidades no comando das empresas do ex-casal.

Os dois estavam juntos há 25 anos e construíram sete empresas. Porém, a empresa contratada por ela analisou a situação da Hickmann Serviços Ltda, a partir de registros feitos a partir de 1º de janeiro de 2018 até 31 de outubro deste ano. O valor total das dívidas acumuladas no período ultrapassa a casa dos R$ 40 milhões, segundo a perícia.

Ainda de acordo com a perícia, foram encontradas diversas irregularidades: falta de registro contábil de operações financeiras vultosas e desconto de uma mesma duplicata em mais de uma instituição financeira, além de indícios de “falsificação por inúmeras vezes da assinatura pessoal de Ana em cheques, financiamentos bancários e outros documentos”.