O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse nesta sexta-feira que um amplo grau de estímulo monetário continua sendo necessário para que as pressões inflacionárias subjacentes continuem a se acumular e apoiar a evolução da inflação plena no médio prazo.

Desta forma, Draghi salientou que as compras líquidas de ativos devem atingir o atual ritmo mensal de 30 bilhões de euros até o final de setembro de 2018, ou além, se necessário, “e em qualquer caso até que o Conselho do BCE veja um ajuste sustentado na trajetória da inflação consistente com seu objetivo”.

Segundo o presidente da instituição, o Conselho do BCE continua a esperar que as principais taxas de juro permaneçam nos seus níveis atuais por um período prolongado e “muito além do horizonte das compras líquidas de ativos”.

Draghi, que discursou na reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional, em Washington, afirmou que a economia da zona do euro tem se expandido de forma robusta, apesar dos indicadores recentes. “A despeito dos últimos indicadores econômicos, que sugerem que o ciclo de crescimento pode ter atingido o pico, espera-se que o ritmo de crescimento continue”.

Para o dirigente, os riscos em relação ao crescimento continuam sendo principalmente devido a fatores globais, incluindo o crescente protecionismo que, segundo ele, já pode ter tido “algum impacto negativo nos indicadores globais de sentimento”. “A preservação de um comércio livre e aberto apoiado pela cooperação multilateral é crucial para promover um ambiente econômico global favorável”, pontuou.

Olhando para frente, Draghi afirmou que as incertezas remanescentes ainda merecem paciência, persistência e prudência em relação à política monetária, embora tenha frisado que inflação subjacente da zona do euro deverá aumentar gradualmente no médio prazo. Segundo ele, a volatilidade da taxa de câmbio e condições financeiras exigem monitoramento.

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