Uma mudança que acaba de ser anunciada sinaliza que a diabetestipo 2 terá maior controle daqui por diante. Em decisão unânime, 46 sociedades médicas especializadas do mundo todo passaram a recomendar a adoção da cirurgia metabólica a pacientes que tenham Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30, desde que preenchidos outros critérios, principalmente aqueles que elevam o risco de doenças cardiovasculares.

Por cirurgia metabólica, considera-se qualquer procedimento cirúrgico em que a modificação anatômica do sistema gastrointestinal resulta em controle de doenças metabólicas associadas à obesidade, como a diabetes tipo 2.

Até agora, a operação era indicada a pacientes com IMC maior ou igual a 35 e que não apresentavam controle da diabetes mesmo com remédios e modificações de estilo de vida.

A alteração de parâmetro se deve à constatação, por meio de extensos estudos científicos, de que a cirurgia pode ser benéfica em pessoas com IMC abaixo de 35 que também enfrentam dificuldades e apresentam outros fatores complicadores para doenças cardiovasculares, como hipertensão e colesterol acima do tolerado.

“As diretrizes deixam de discriminar o doente pelo seu IMC”, explica o médico Ricardo Cohen, Coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.“O que importa é a gravidade da doença.”

Na avaliação dos médicos, o IMC não pode ser usado como único critério uma vez que não reflete aspectos como a distribuição da gordura pelo corpo e diferenças de raça, gênero e idade.

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As novas normas foram submetidas ao Conselho Federal de Medicina e estão sendo avaliadas.


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