O governo de Hong Kong, província autônoma da China, informou que amostras de carne de frango importadas do Brasil testaram negativo para covid-19, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira, 20, no site do Centro de Segurança Alimentar (CFS, na sigla em inglês) do país.

“Em vista de um aviso emitido pela Sede de Prevenção e Controle da Epidemia de Coronavírus de Shenzhen de que uma amostra de superfície de asa de frango importada do Brasil deu positivo para covid-19, o CFS havia coletado um total de 40 amostras de carne de frango congelada importada do Brasil no atacado e no varejo para teste da covid-19 como medida de precaução. Todas as amostras foram negativas para o vírus”, afirmou o CFS, na nota.

Os testes foram feitos como “medida de prevenção”, segundo o órgão sanitário.

Antes do resultado da testagem das amostras, na terça-feira, 18, o governo de Hong Kong, por meio do CFS, suspendeu temporariamente a importação de carne de frango da unidade da Aurora Alimentos de Xaxim (SC) – responsável pelo lote que supostamente teria apresentado traços de coronavírus em Shenzhen.

A medida, segundo o órgão, foi tomada “por uma questão de prudência”, apesar do lote envolvido no caso não estar à venda em Hong Kong. Shenzhen fica nas proximidades de Hong Kong.

No comunicado divulgado hoje, o CFS acrescenta que, ao saber do episódio de Shenzhen, em 13 de agosto, o departamento contatou imediatamente as autoridades competentes em Shenzhen e no Brasil para entender o incidente e que fez o acompanhamento com os principais importadores e varejistas locais.

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O CFS reiterou que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde e autoridades globais de segurança alimentar, não há evidências que indiquem que humanos possam ser contaminados pela covid-19 por meio da ingestão de alimentos. Por fim, o departamento disse que continuará acompanhando o incidente e que “tomará as medidas cabíveis à luz do desenvolvimento mais recente”.

Resposta do Brasil – Em entrevista concedida ontem ao Broadcast Agro, o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Flávio Bettarello, informou que a pasta está preparando as informações solicitadas por Hong Kong sobre o lote que, supostamente, teria produto contaminado.


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