Um ícone do cartum e dos quadrinhos no País, Angeli, com 65 anos de idade, está encerrando sua carreira. O cartunista foi diagnosticado com afasia, doença neurodegenerativa que com sua evolução impacta na comunicação, verbal e escrita. A notícia foi publicada nesta quarta-feira, 20, pelo jornal Folha de S.Paulo, do qual Angeli se aposenta, e confirmada pelo Estadão

Amigos e colegas de profissão reagiram ao anúncio do encerramento da carreira do cartunista Angeli, feito hoje.

“Angeli é um marco para o cartum e a história do humor brasileiro, é difícil resumir. Artista fundamental, um sujeito que fez uma caminhada e uma trajetória únicas”, disse a colega de profissão Laerte. “Ele trouxe para a charge e para o cartum elementos dos quadrinhos, onde trabalhava personagens e cenas da vida cotidiana – urbana, principalmente. Angeli fundou uma linguagem pessoal”, continuou.

Em sua conta no Twitter, o também cartunista Adão publicou uma sequência de postagens em que faz agradecimentos ao amigo. “Obrigado pela amizade de todos esses anos. Lembro que a gente assistia à MTV e fazia comentários como se fôssemos Beavis and Butt-Head. Bons tempos”, rememorou na postagem. “Obrigado pela companhia nas viagens, as visitas surpresa de madrugada, os conselhos, as conversas jogadas fora e tudo o mais. Obrigado por tudo, Angeli. Te amo, cara”, disse.

Quem também comentou foi André Dahmer, que chamou Angeli de “maior chargista brasileiro vivo”. O grupo de teatro Parlapatões também homenageou o artista. “Obrigado, Velho Cartunista, por sua obra genial! Por tudo que seu humor significa para história do país! Temos orgulho de levar ao teatro alguns de seus personagens”, comentou.