O zagueiro da Chapecoense, William Thiego de Jesus, de 30 anos, que morreu com outras 74 pessoas no acidente aéreo na Colômbia, iria para o Santos tão logo terminasse a Copa Sul-Americana. É o que revela o amigo de William, Ari Brito, que ao tomar conhecimento do acidente foi para a casa da família do jogador, no bairro José Conrado de Araújo, em Aracaju. O jogador teria dito que viria ver a mãe e a avó em janeiro, depois de uma viagem que faria à Disney, nos Estados Unidos.

Ari não tem detalhes sobre a ida de William Thiego para o Santos, embora ele tenha conversado isso com o jogador. “Ele estava no melhor no momento da carreira, junto com os outros colegas. Estamos todos em choque com isso”, disse Ari. Na casa da mãe do jogador, os amigos não paravam de chegar para consolar a família. Pela manhã, a avó, que é hipertensa, passou mal e foi medicada pelo Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e agora passa bem, apesar de abalada emocionalmente.

Outro amigo de infância do zagueiro, Marcos Paulo Nascimento Costa, também confirmou essa informação de que ele iria para o Santos. Apelidado de “Galeguinho” pelos amigos de infância, Marcos lembra que jogava bola junto com William Thiego quando criança. Só que William seguiu carreira e Marcos, não.

A direção do Chapecoense telefonou para os familiares do jogador para prestar solidariedade e se colocou à disposição. A mãe e a avó de William – ambas chamadas Helena – declararam o desejo de que o corpo do jogador seja sepultado em Aracaju, mas não há nada certo.

A Chapecoense, também, se colocou à disposição da família, caso alguém queira viajar até a Colômbia para fazer o reconhecimento do corpo. Ari acredita, no entanto, que quem faça isso é atual mulher do jogador, Suzi, que está em Porto Alegre. O zagueiro tinha duas filhas: uma menina do primeiro relacionamento, quando ele ainda morava em Aracaju, e outra com a atual mulher.

ARRIMO DE FAMÍLIA – Com cinco irmãos, William Thiego, que começou a carreira no Sergipe, onde foi revelado, era uma espécie de arrimo de família. A expectativa era que, com a ida para o Santos, ele pudesse ganhar mais dinheiro e ajudar a todos ainda mais. “Ele ajudava a família como podia”, disse Ari. Há duas semanas, Ari recebeu uma camisa da Chapecoense do amigo William Thiego.

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Nesta terça-feira, a direção do Sergipe divulgou a seguinte nota das redes sociais. “O Sergipe, com uma profunda e imensurável tristeza, lamenta o acidente da Chapecoense e torna público a solidariedade em um momento dificílimo da história do futebol brasileiro. As notícias dão conta de que os sobreviventes são poucos e entramos em uma corrente de oração para que mais sejam encontrados. Nos unimos em orações por todos os atletas como também pelo zagueiro Thiego, que foi revelado em nosso clube”.


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